"Um momento de esperança prudente na Síria. As minhas reuniões em Damasco, incluindo as discussões construtivas com o comandante da nova administração, Ahmad al-Chareh, são encorajadoras", escreveu Tom Fletcher nas redes sociais.
"Temos uma base para um reforço ambicioso da ajuda humanitária vital", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
Fletcher é subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários e Coordenador da Ajuda de Emergência.
Ahmad al-Chareh, também conhecido pelo nome de guerra Abu Mohammed al-Jolani, é o líder da Hayat Tahrir al-Sham (HST), ou Organização de Libertação do Levante, uma coligação de forças rebeldes que tomou Damasco em 08 de dezembro.
A ofensiva dos rebeldes, iniciada em 27 de novembro, acabou com mais de meio século de domínio absoluto de um regime iniciado por Hafez al-Assad, pai do presidente deposto.
Bashar al-Assad fugiu para a Rússia, onde lhe foi concedido asilo político.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, já tinha saudado na segunda-feira o compromisso do governo interino em proteger os civis, incluindo os trabalhadores humanitários.
Guterres congratulou-se por as novas autoridades terem concordado em reduzir a burocracia relacionada com as autorizações e vistos para os trabalhadores humanitários.
Segundo o antigo primeiro-ministro português, os rebeldes comprometeram-se também a "assegurar a continuidade dos serviços essenciais do governo, particularmente nas áreas da saúde e da educação", e em dialogar com toda a comunidade humanitária.
"A comunidade internacional deve apoiar o povo sírio na construção de um futuro melhor", afirmou Guterres.
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