A semana começou em Madison, no estado norte-americano de Wisconsin, pelos piores motivos: mais um tiroteio em escolas marcou a atualidade.
Segundo dados publicados esta terça-feira pela CNN Internacional, o número de tiroteios em escolas este ano já superou o total de 2023. Se no ano passado houve registo de 82, a situação que tirou a vida a um professor e a um aluno ontem já é a 83.ª este ano. Também a autora do ataque, com 15 anos, morreu.
Das vítimas ao número de tiroteios escolares
Segundo o balanço da publicação norte-americana acima referida, este tipo de ocorrência já matou 38 pessoas este ano, deixando outras 115 vítimas com ferimentos.
Os dados, retirados de relatórios das organizações Gun Violence Archive, Education Week e Everytown for Gun Safety (Arquivo da Violência Armada, educação Semanal Todas as Cidades pela Segurança das Armas, na tradução livre e respetivamente) indicam que o número de tiroteios em meio escolar foi subindo, tendo uma queda abrupta em 2020, no primeiro ano da pandemia (22) - mas subindo para mais do triplo (73) no ano seguinte, quando medidas de confinamento começaram a ser aliviadas.
Os dados são desde 2008, quando foram registados 18 tiroteios em meio escolar. Os anos em que se registaram menos tiroteios neste âmbito foi em 2010 e 2012, veja abaixo:
2008 - 18
2009 - 22
2010 - 13
2011 - 15
2012 - 13
2013 - 26
2014 - 36
2015 - 37
2016 - 51
2017 - 42
2018 - 44
2019 - 52
2020 - 22
2021 - 73
2022 - 79
2023 - 82
2024 - 83
E quanto aos locais?
Segundo a análise da CNN Internacional, alguns estados do Sul registaram a taxa mais elevada de tiroteios em escolas em relação à sua população desde 2008.
Washington, DC, registou a taxa mais elevada, com seis tiroteios no total, quase 1 por cada 100.000 habitantes - enquanto o Texas registou a maior taxa global, com 61 tiroteios em escolas.
Quanto aos estados norte-americanos que têm escapado à violência armada em estabelecimentos escolares, contam-se cinco: Montana, Wyoming, New Hampshire, Vermont e Rhode Island.
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