Três indivíduos e quatro entidades da Republika Srpska (RS) são alvo desta nova ronda de sanções, bem como o ministro do Comércio Externo da bósnia, Stasa Kosarac, de acordo com comunicados do Departamento do Tesouro e do Departamento de Estado norte-americanos.
Após a guerra civil, que terminou em 1995, a Bósnia-Herzegovina foi organizada em duas entidades altamente autónomas, uma para os sérvios (República Srpska) e outra para os croatas e muçulmanos, no seio de um Estado central.
Milorad Dodik, um político próximo do Kremlin que lidera a entidade sérvia desde 2006, foi sancionado em 2017 e 2022 pelo governo norte-americano pela sua política separatista na Bósnia.
Os Estados Unidos acusam-no ainda de "usar a sua posição durante anos para enriquecer através de empresas ligadas a ele ou ao seu filho Igor Dodik", segundo o Departamento de Estado.
"Esta corrupção mina a confiança nas instituições estatais da Bósnia-Herzegovina", sublinhou ainda.
No que diz respeito ao ministro Stasa Kosarac, também vice-presidente do Conselho de Ministros do país, Washington acredita que este "conspirou, utilizando a sua autoridade, para minar a eficácia das instituições estatais em benefício de Dodik".
Quase três décadas após a guerra intercomunitária (1992-1995), que fez perto de 100.000 mortos, a integridade deste país dos Balcãs Ocidentais de 3,5 milhões de habitantes é ainda garantida pelo acordo de paz de Dayton (Estados Unidos).
Milorad Dodik denuncia regularmente a "ingerência" norte-americana na política interna da Bósnia.
Leia Também: Alargamento é "investimento geoestratégico na paz" para 27 e Balcãs