Israel vai atribuir ajuda financeira a reféns libertados em acordo

Israel vai atribuir uma ajuda financeira aos reféns que forem libertados no âmbito do acordo de cessar-fogo com o grupo extremista palestiniano Hamas, anunciou hoje o Governo israelita.

Notícia

© Gili Yaari/NurPhoto via Getty Images

Lusa
16/01/2025 17:26 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O programa inclui uma incapacidade de 50% pelo sofrimento por que passaram em cativeiro desde que foram raptados em 07 de outubro de 2023, segundo o ministro do Trabalho e dos Serviços Sociais de Israel, Yiav Ben Tzur.

 

"Haverá um pacote de ajuda que foi preparado para os reféns que regressam", disse o ministro, citado pela agência espanhola Europa Press.

Ben Tzur anunciou que cada refém vai receber à chegada 10.000 shekels (cerca de 2.685 euros, ao câmbio atual) para necessidades imediatas.

Os reféns vão também receber 50.000 shekels (cerca de 13.420 euros) para tratamento médico e o "reconhecimento incondicional de uma incapacidade de 50%", o que implica vários benefícios sociais, segundo o diário israelita The Times of Israel.

"Tudo isto não os ajudará a esquecer rapidamente o que sofreram, mas espero que Deus lhes cure o corpo e a alma", disse Ben Tzur.

O ministro congratulou-se com o acordo com o Hamas, considerando tratar-se de "um grande dia para o Estado de Israel", e disse que as autoridades estão preparadas para o regresso dos reféns.

O Ministério da Saúde israelita emitiu orientações para os hospitais sobre como agir quando os reféns forem transferidos, que diferem significativamente das que estavam em vigor durante as libertações no âmbito das tréguas de novembro de 2023.

"Existe o risco de os reféns que regressam desenvolverem a síndrome de realimentação", alertou o chefe da Divisão Médica Geral do ministério, Hagar Mizrahi.

"Isto acontece quando as pessoas privadas de alimentos durante o cativeiro tentam compensar com o consumo de hidratos de carbono, o que lhes pode causar danos graves", acrescentou.

O protocolo recomenda uma estada mínima de quatro dias no hospital, uma vez que alguns dos reféns libertados na primeira vaga lamentaram ter tido alta mais cedo do que o recomendado, segundo Mizrahi.

O médico também pediu aos familiares e visitantes que não publicassem fotografias ou atualizações sobre o estado dos reféns nas redes sociais.

O acordo entre Israel e o Hamas, alcançado após meses de conversações, entrará em vigor no domingo, véspera da mudança de presidente nos Estados Unidos.

O pacto prevê uma primeira fase de 42 dias para verificação da cessação das hostilidades, retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza para a fronteira e troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.

Uma segunda fase implicará a distribuição de ajuda humanitária em grande parte da Faixa de Gaza, devastada após mais de 15 meses de ofensiva israelita.

À medida que a primeira fase for sendo certificada, serão divulgados mais pormenores sobre fases seguintes do acordo, segundo o que foi anunciado na quarta-feira pelos mediadores.

Israel lançou a ofensiva contra Gaza na sequência dos ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, que causaram a morte de quase 1.200 pessoas e o rapto de cerca de 250, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades de Gaza controladas pelo grupo extremista Hamas.

Também foram mortas mais de 850 pessoas pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Leia Também: Gaza. OMS espera que todas as partes honrem acordo de cessar-fogo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas