Polícia detém antigo ministro do Petróleo do Níger sem dar explicações

O antigo ministro do Petróleo do Níger Mahaman Moustapha Barké, nomeado pelo regime militar e depois demitido em agosto, foi detido em sua casa em Niamey no início da semana por razões ainda desconhecidas, noticia a AFP.

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Lusa
17/01/2025 13:01 ‧ há 6 horas por Lusa

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Níger

De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), que cita vários elementos da sociedade civil nigerina e um órgão de comunicação social local, o antigo governante foi detido na segunda-feira, 13 de janeiro, mas não são ainda conhecidas as razões que levaram à detenção, e as autoridades não divulgaram qualquer informação sobre o caso, que está a ser divulgado nas redes sociais.

 

O jornal L'Enquêteur, um dos principais diários privados do país, confirmou que o antigo ministro foi detido na segunda-feira, em Niamey, a capital do país.

Moustapha Barké foi nomeado chefe do Ministério da Energia, das Minas e do Petróleo a 09 de agosto de 2023 pelo regime militar que tinha chegado ao poder algumas semanas antes, derrubando num golpe de Estado o Presidente eleito, Mohamed Bazoum.

O ministério foi então dividido em três entidades, e Moustapha Barké manteve apenas a pasta do Petróleo, até ser demitido a 17 de agosto de 2024, por razões ainda desconhecidas, tendo sido substituído por Sahabi Oumarou.

A principal tarefa de Moustapha Barké consistia em gerir o conflito entre o Níger e o vizinho Benim, que tinha perturbado o transporte do petróleo bruto do nordeste do Níger do porto de Sèmè-Kpodji, no Benim, através de um oleoduto de quase dois mil quilómetros.

As relações entre os dois países estão tensas desde o golpe de Estado e o Níger mantém a sua fronteira com o Benim fechada, tendo Niamey acusado o vizinho de base de apoio para "terroristas" e de procurar desestabilizar o país.

Este petróleo é essencial para as economias dos dois Estados, que trabalham com a China National Petroleum Corporation (CNPC), uma empresa petrolífera detida pelo Estado chinês.

Leia Também: Pelo menos 40 agricultores mortos por extremistas na Nigéria

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