"É impossível excluir a Ucrânia de qualquer plataforma de negociação. Caso contrário, esta plataforma de negociação não conseguirá resultados efetivos", explicou Zelensky, durante uma reunião em Kyiv com a sua homóloga da Moldova, Maia Sandu.
"Antes de qualquer reunião, seja ela qual for, é apropriado estabelecer um formato: como podemos alcançar uma paz justa? Penso que nos devemos concentrar nisso", acrescentou o líder ucraniano, dizendo temer que a Rússia escolha o modelo de um "decreto de paz" sem a aprovação da Ucrânia.
Desde a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, no passado mês de novembro, as especulações sobre possíveis negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia continuam a aumentar.
Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse estar "pronto para trabalhar" com os Estados Unidos em "negociações sobre questões ucranianas", elogiando o caráter "pragmático" e "inteligente" do seu homólogo norte-americano.
Embora o Kremlin não tenha clarificado quando poderão ocorrer as negociações, o Governo russo disse estar à espera de "sinais" de Washington, levando Trump a responder que estaria disponível de imediato para reunir com Putin.
No início desta semana, após a sua tomada de posse, Trump descreveu a guerra na Ucrânia como "ridícula" e ameaçou Moscovo com novas sanções económicas se o Kremlin não aceitasse negociações de paz.
Na sexta-feira, o chefe de gabinete presidencial ucraniano, Andrii Yermak, já tinha deixado claro que Kyiv se opõe a quaisquer conversações de paz entre Vladimir Putin e Donald Trump sem a Ucrânia.
Yermak sintetizou a posição de Kyiv dizendo que Putin quer "negociar o destino da Europa sem a Europa".
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