Uma vez que apela à "América primeiro", Trump "deve tomar a iniciativa de reduzir as despesas militares", respondeu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
O Presidente dos Estados Unidos, que se apresenta no seu segundo mandato como um pacificador mundial, afirmou na quinta-feira que pretende realizar uma cimeira com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o Presidente russo, Vladimir Putin, quando "as coisas acalmarem um pouco".
"As primeiras reuniões que quero ter são com o Presidente chinês, Xi Jinping, e com o Presidente russo, Putin, e quero dizer-lhes que vamos reduzir para metade o nosso orçamento militar", explicou.
Questionado sobre esta proposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês respondeu que os Estados Unidos têm o maior orçamento militar do mundo.
"O orçamento militar da China é aberto e transparente. É razoável e adequado em comparação com os Estados Unidos e outras grandes potências militares", acrescentou.
"A despesa limitada da China com a Defesa é inteiramente necessária para salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os seus interesses de desenvolvimento, bem como para proteger a paz mundial", apontou.
Trump também apelou às três potências para começarem a reduzir os seus arsenais nucleares, mas Guo retorquiu que Washington e Moscovo tinham uma "responsabilidade especial e primária" na questão do desarmamento nuclear, sendo os países com os maiores arsenais.
"A China mantém sempre a sua força nuclear ao nível mínimo necessário para proteger a segurança nacional e não se envolve numa corrida ao armamento com nenhum país", acrescentou.
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