O antigo primeiro-ministro francês Jean Castex, que ontem foi detido no âmbito de uma investigação por desvio de fundos públicos, afirmou, esta sexta-feira, que "não cometeu qualquer delito".
De realçar que o ex-governante foi libertado e ainda não foi deduzida qualquer acusação.
"Foi apresentada uma queixa seis anos mais tarde", disse Jean Castex, citado pela BFMTV, adiantando ainda que respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas.
Três outras pessoas também foram interrogadas no âmbito do inquérito preliminar.
"Evidentemente, a presunção de inocência é respeitada, tanto para mim como para as outras três pessoas que foram interrogadas", sublinhou Jean Castex em declarações aos jornalistas. "Estou muito sereno", sublinhou, deixando um apelo para que "deixem os tribunais fazer o seu trabalho" e para que "respeitem as autoridades judiciais".
O caso, recorde-se, diz respeito a decisões tomadas enquanto Castex era presidente da Comunidade de Municípios Conflent Canigó, em 2017, na região dos Pirinéus Orientais. Nessa altura, era também presidente da Câmara de Prades.
O processo foi desencadeado por uma queixa de uma associação, que acusa o organismo de utilização indevida de fundos públicos.
Foi aberto um inquérito preliminar pelo Ministério Público de Perpignan.
Jean Castex foi primeiro-ministro de França entre julho de 2020 e maio de 2022. Atualmente, é presidente da RATP, empresa responsável pelos transportes públicos em Paris e arredores.
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