"A guerra que Putin iniciou" na Ucrânia "terminará no momento em que ele se for embora', disse Yulia Navalnaya, convidada para a Conferência de Segurança de Munique, um ano após a morte do seu marido, que estava preso na Rússia.
O chefe de Estado russo "vai mentir, vai trair, vai mudar as regras no último minuto e obrigar-vos a jogar o seu jogo, tal como fez há um ano", quando o acordo de troca de prisioneiros que permitia a libertação de Alexei Navalny parecia iminente, declarou a opositora.
A primeira conversa telefónica desta semana entre Donald Trump e Vladimir Putin, e o seu desejo declarado de abrir negociações imediatas sobre a Ucrânia, provocou ondas de choque em Kiev e na Europa, levantando receios de que o conflito fosse resolvido em seu detrimento.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontrou-se hoje com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, na Alemanha, depois de ter exigido que os seus aliados apresentassem um plano para resolver o conflito antes de qualquer negociação com o chefe de Estado russo.
Vladimir Putin "vai encontrar uma forma de quebrar" qualquer acordo, alertou Yulia Navalnaya.
A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, insistiu, por seu turno, na necessidade de apoiar a Ucrânia.
"Ao ajudar a Ucrânia, está a ajudar toda a região. Ao colocar a Ucrânia numa posição de força durante estas negociações, está também a colocar a Bielorrússia, a Moldávia e outros países numa posição de força", defendeu Svetlana Tikhanovskaya,
Embora a invasão da Ucrânia possa ter valido a pena para Moscovo, a opositora acredita que o 'status quo' no seu país "vai durar muitos e muitos anos": "Putin vai continuar a ser suficientemente forte para manter a sua influência sobre a Bielorrússia".
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