Depois de passar pela Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, no final desta semana, Keith Kellogg será recebido na segunda-feira pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e no dia seguinte pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa.
O encontro entre Costa e Kellogg será pelas 10h00 de terça-feira e não na manhã de segunda-feira, como haviam dito fontes europeias à agência Lusa, por motivos de alteração de agenda.
As mesmas fontes indicaram que o encontro, realizado a pedido de ambos, surge no âmbito da deslocação de Keith Kellogg ao continente europeu e decorre no edifício-sede do Conselho Europeu, em Bruxelas.
É o primeiro encontro do líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) com um membro da nova administração de Donald Trump.
Esta semana, à margem de uma cimeira mundial sobre Inteligência Artificial em Paris, Ursula von der Leyen reuniu-se com o vice-presidente norte-americano, J. D. Vance, e essa foi a primeira reunião de mais alto nível entre a Comissão Europeia e a nova administração norte-americana desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca (presidência), no início deste ano.
Este encontro também ocorreu num momento de fortes tensões comerciais entre Washington e o bloco europeu.
A UE já veio salientar não ser possível chegar a um acordo sem europeus ou ucranianos relativamente à guerra na Ucrânia causada pela invasão russa, defendendo um lugar na mesa de negociações, num contexto da tentativa de mediação norte-americana.
Na quarta-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, tiveram uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a iniciar "de imediato" negociações sobre o assunto.
Posteriormente, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou ter falado igualmente ao telefone com o homólogo norte-americano sobre as "possibilidades de alcançar a paz" na Ucrânia.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
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