OIM pede 243 milhões para apoiar 2 milhões de deslocados este ano

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu hoje 243 milhões de euros aos doadores internacionais para apoiar este ano dois milhões de ucranianos deslocados de suas casas devido à guerra.

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© Andres Gutierrez/Anadolu via Getty Images

Lusa
21/02/2025 11:03 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia

Lembrando que quase um terço da população da Ucrânia necessita de apoio humanitário, a OIM sublinha, em comunicado hoje divulgado, que os deslocados internos e os retornados estão entre os mais vulneráveis.

 

De acordo com o último relatório da organização, "quase dois terços dos 3,7 milhões de deslocados internos da Ucrânia estão longe das suas casas há mais de dois anos, e dezenas de milhares de pessoas continuam a deixar as suas casas para trás todos os meses, para escapar das zonas da linha da frente".

Estas pessoas não têm oportunidade de obter rendimento, explica a OIM, adiantando que, em três anos de guerra, muitos já esgotaram as suas poupanças.

A situação "torna difícil, se não impossível, comprar alimentos, medicamentos e outros bens essenciais", refere.

Por outro lado, dos cerca de 4,2 milhões de pessoas que já regressaram das deslocações, um quarto voltou do estrangeiro.

"Em comparação com as pessoas não deslocadas, os retornados são mais propensos a gastar as suas poupanças, a aceitar empregos mal pagos e a vender os seus pertences para satisfazer as necessidades básicas", adiantou a agência da ONU.

Sublinhando estar a trabalhar para permitir a recuperação das comunidades afetadas pela guerra, a OIM descreveu alguns dos objetivos próximos, que passam pela reabilitação de casas e instituições sociais, incluindo clínicas de saúde e centros que estão a ser utilizados como abrigos temporários.

Além disso, está também a doar equipamento médico a hospitais e a prestar cuidados de saúde mental e apoio psicossocial a pessoas em dificuldades, entre outras iniciativas.

"Nos últimos três anos, mais de seis milhões de pessoas na Ucrânia beneficiaram, direta e indiretamente, das intervenções humanitárias e das iniciativas de recuperação da OIM", afirma, acrescentando que também apoia os governos, autoridades locais e organizações da sociedade civil com a inclusão de refugiados nas comunidades locais, promovendo a sua independência económica através de cursos de línguas, desenvolvimento de competências e apoio ao emprego.

A OIM ajudou ainda a satisfazer as necessidades básicas de habitação, alimentação, vestuário, medicação, apoio psicossocial, e apoiou cerca de 37.000 sobreviventes de tráfico humano, exploração e violações dos direitos humanos relacionadas com a guerra.

O apelo apresentado hoje aos doadores visa "contribuir para soluções de longo prazo" que reduzam a dependência das comunidades da ajuda humanitária.

"Entre as necessidades mais urgentes estão a reparação, restauração e modernização de infraestruturas públicas críticas, como energia, água, saneamento, aquecimento, abrigo e habitação a preços acessíveis, bem como a criação e manutenção de emprego", conclui a OIM.

Leia Também: OIM alarmada com valas comuns na Líbia pede mais proteção para migrantes

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