"Uma reação internacional forte é essencial para acabar com a chantagem nuclear da Rússia", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andri Sibiha, na rede social X, depois de ter conversado com o secretário-geral da AIEA por telefone.
Na semana passada, a AIEA confirmou que a rotação de pessoal na central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, teve de ser cancelada devido à "intensa atividade militar" na zona, que se encontra sob controlo russo desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.
Também na semana passada, um 'drone' (aeronave não-tripulada) com uma ogiva altamente explosiva atingiu o perímetro de proteção da Central Nuclear de Chernobyl, na região de Kiev, informou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
I spoke with IAEA Director General @RafaelMGrossi to discuss ways to ensure nuclear safety, particularly after Russia recently disrupted IAEA rotation at the Zaporizhzhia NPP and struck Chornobyl NSC. Strong international reaction is crucial to stop Russia’s nuclear blackmail.
— Andrii Sybiha 🇺🇦 (@andrii_sybiha) February 21, 2025
Kiev e Moscovo têm-se acusado mutuamente pela situação instável da segurança em torno destas instalações, que são frequentemente visitadas pelos especialistas da AIEA para garantir o seu funcionamento adequado.
A Ucrânia tem 15 reatores nucleares operacionais em quatro centrais que produzem cerca de metade da eletricidade do país, segundo a Associação Nuclear Mundial, numa atualização referente a dezembro de 2024.
A Ucrânia sofreu o pior acidente nuclear de sempre em 1986, na central de Chernobyl, quando ainda integrava a União Soviética.
Chernobyl tem três reatores desativados e os destroços do que sofreu o acidente foram selados com um sarcófago de betão.
A guerra em curso foi desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, para, segundo o Presidente russo, Vladimir Putin, "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
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