"Apesar de todas as medidas tomadas e da máxima dedicação da nossa equipa, a paciente sucumbiu a ferimentos complexos e complicações resultantes. Apresentamos as nossas mais profundas condolências à família", escreveu o hospital, num comunicado publicado na página de internet.
A adolescente, nascida em 2006, estava a receber tratamento no hospital militar de Belgrado desde o final de janeiro.
Pouco depois de ter sido anunciada a morte, foi hasteada uma bandeira negra no edifício da escola da adolescente, em Novi Sad, e dezenas de pessoas foram ali depositar flores e velas.
O desabamento da cobertura da estação desencadeou uma onda de protestos que está a abalar a Sérvia há vários meses, com manifestações diárias a exigir responsabilização pelo acidente, a libertação dos manifestantes detidos e um sistema menos corrupto.
Na última manifestação, realizada no sábado passado, centenas de milhares de pessoas, de acordo com um órgão de contagem independente, saíram às ruas de Belgrado, na maior concentração da história recente da Sérvia.
A reação do Governo às manifestações também tem sido criticada, com acusações de que as forças de segurança usaram uma arma sónica de nível militar para atingir e dispersar manifestantes, o que o Governo negou.
Dirigentes da oposição e grupos de defesa dos direitos humanos sérvios alegaram que armas acústicas, amplamente proibidas, que emitem um feixe direcionado para incapacitar temporariamente as pessoas, foram utilizadas durante o protesto de sábado, que terá juntado mais de 100 mil manifestantes.
Estes grupos prometeram apresentar ações no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e nos tribunais sérvios contra aqueles que ordenaram o ataque.
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