A decisão constitui um exercício de "demonstração da unanimidade nacional", afirmou o ministro da Defesa, Antti Hakkanen, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.
Hakkanen disse que a proposta visa reforçar a segurança nacional e congratulou-se com o apoio do parlamento, segundo um comunicado do ministério.
A lei será aplicada por fases e afetará todos os cidadãos cujos países "estejam a travar uma guerra de agressão e possam ameaçar a segurança nacional da Finlândia".
A proposta teve por base uma ideia inicial em que a Rússia foi apontada como uma nação desestabilizadora.
O ministro disse que o objetivo é minimizar os possíveis riscos, uma vez que a compra de imóveis "pode ser uma outra forma de influência hostil".
Acrescentou que já está a ser trabalhada outra legislação para melhorar a forma como se pode intervir em imóveis já adquiridos.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que esteve sob a esfera de Moscovo até ao colapso da União Soviética em 1991.
Outra das razões para a invasão foi a aproximação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) às fronteiras da Rússia com a adesão de países da esfera soviética.
Antes da invasão, Moscovo chegou a exigir o recuo da NATO para as fronteiras anteriores ao alargamento ao leste europeu, bem como garantias por tratado de que a Ucrânia e a Geórgia nunca seriam membros da Aliança Atlântica.
A NATO recusou tais exigências.
Na sequência da invasão da Ucrânia, a Finlândia aderiu à NATO em abril de 2023, pondo termo a uma política histórica de não-alinhamento militar.
A Suécia, que partilha uma fronteira marítima com a Rússia, fez o mesmo no ano seguinte.
A Finlândia partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia que constitui uma parte significativa do flanco nordeste da NATO e funciona como fronteira externa da União Europeia no norte.
Leia Também: Putin apela à experiência na guerra para renovar marinha russa