A socialista Isabel Moreira recorreu às redes sociais, esta terça-feira, para criticar Luís Montenegro, que entregou uma providência cautelar contra o Chega para a retirada dos cartazes em que aparece ao lado do ex-chefe do governo socialista José Sócrates associado ao tema da corrupção.
"É muito triste a falta de empatia. De sentido do outro. De comunidade", começou por escrever Isabel Moreia, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
"Luís Montenegro foi responsável por uma campanha com cartazes que conhecemos, antes disso falou de corrupção administrativa e pântano a propósito de António Costa e quando lhe toca faz queixa-crime?", questionou.
A providência cautelar do primeiro-ministro contra os cartazes do Chega foi apresentada no dia 14 e a juíza recusou que a ação fosse decidida sem contraditório, como pretendia o autor, e notificou o partido no dia 20.
É muito triste a falta de empatia. De sentido do outro. De comunidade. @LMontenegropm foi responsável por uma campanha com cartazes que conhecemos, antes disso falou de corrupção administrativa e pântano a propósito de António Costa e quando lhe toca faz queixa-crime?
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) March 25, 2025
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, confirmou ontem esta informação. "Posso confirmar que nós interpusemos uma providência cautelar e que, naturalmente, achamos que o local próprio para discutir esse assunto é no tribunal", afirmou Luís Montenegro aos jornalistas, em Tondela, no distrito de Viseu, sobre a informação inicialmente avançada pela CNN Portugal.
Já o presidente do Chega, André Ventura, recusou-se a retirar os cartazes do partido em que Luís Montenegro aparece ao lado de José Sócrates e acusou o primeiro-ministro de conviver mal com a democracia.
Montenegro diz 'não é não' a cartazes do Chega. A polémica e as reações
Primeiro-ministro entregou uma providência cautelar contra o Chega para a retirada de cartazes. Em causa estão 'outdoors' que colocam Luís Montenegro ao lado do ex-primeiro-ministro José Sócrates, acusado de corrupção no processo Operação Marquês e cujo julgamento tem início agendado para 03 de julho.
Carmen Guilherme com Lusa | 18:57 - 24/03/2025Leia Também: "Com seriedade, ninguém pode dizer que sou radical, é ridículo"
