"Com seriedade, ninguém pode dizer que sou radical, é ridículo"

Líder do PS abordou vários temas numa entrevista marcada por críticas ao primeiro-ministro, Luís Montenegro.

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Notícias ao Minuto
24/03/2025 23:32 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto

Política

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O secretário-geral do Partido Socialista (PS) afirmou, esta segunda-feira, que "não passa pela cabeça de ninguém" que o Partido Social Democrata (PSD) não venha a tratar o seu partido "da mesma forma" que a Aliança Democrática (AD) foi tratada pelos socialistas. Recusou ainda ser "arrogante", "radical" e disse só trabalhar num "cenário de vitória".

 

"Acho que não passa pela cabeça de ninguém que a PSD não trate o PS da mesma forma que o PS tratou a AD", disse Pedro Nuno Santos, em entrevista à CNN Portugal, após ser questionado sobre os possíveis cenários após as eleições legislativas antecipadas de 18 maio, especificamente sobre as condições de governabilidade caso o PS fique à frente no ato eleitoral, mas com uma maioria de Direita. 

"Luís Montenegro não se pode queixar do PS, só se pode queixar mesmo de si próprio", atirou.

Sobre as palavras de Marcelo, que hoje afirmou que no passado se preocupou que houvesse garantias mínimas de viabilização do Programa do Governo , reiterou: "Aquilo que esperamos é que aconteça com o nosso Programa, aquilo que aconteceu com o Programa da AD em abril do ano passado". 

Interrogado sobre as principais diferenças entre si e Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos destacou que tem "capacidade de assumir e aprender com o erro" e que "como político” está "sempre disponível para ser escrutinado". "E, depois, há uma coisa que também nunca fiz na política, que foi apropriar-me do trabalho dos outros como se fosse meu - coisa que Luís Montenegro tem feito até à exaustão", disse. 

"Quem me conhece e priva comigo sabe que eu não sou arrogante"

O líder do PS acabou ainda por abordar a troca de palavras com a socialite Lili Caneças. Pedro Nuno Santos disse ter "consciência" de que passa uma imagem de "zangado e carrancudo", mas recusou. "Tenho consciência que passo imagem de zangado e carrancudo, coisa que não sou", afirmou. 

"Os temas que trabalhamos na vida política não são fáceis (...) Isto não está para brincadeiras", notou, justificando assim a sua postura.

Interrogado sobre se não revela falta de empatia, apontou ao primeiro-ministro. "Empatia eu acho que o primeiro-ministro revelou, ao longo do último ano, não ter em vários momentos". 

"Quem me conhece e priva comigo sabe que eu não sou arrogante", defendeu. 

 "Ninguém pode dizer que eu sou radical, é ridículo"

Pedro Nuno Santos recusou ainda a ideia de que seja um político "radical".  "Não conseguem encontrar um único exemplo", defendeu. "Ninguém consegue dizer aquela posição política é radical (...) Com seriedade, ninguém pode dizer que eu sou radical, é ridículo”, afirmou. 

Spinunviva fora da campanha? "Era só o que faltava"

Quanto a listas de candidatos às legislativas, Pedro Nuno Santos apontou que "se há partido onde não falta gente é no PS" e "com experiência".  "Vamos apresentar bons candidatos e com capacidade para governar", prometeu. 

Questionado sobre se abandona a liderança do PS em caso de derrota, defendeu: "Nós só trabalhamos num cenário, no cenário de vitória".

"A vitória de Montenegro seria um azar para Portugal", considerou ainda. 

O secretário-geral do PS recusou também que o caso da empresa familiar de Luís Montenegro não entre na campanha. "Era só que faltava que não estivesse na campanha, primeiro, a avaliação do perfil dos candidatos e dos lideres e, segundo, o motivo que nos traz a estas eleições". 

"Eu nunca vi o primeiro-ministro preocupado até ao dia em que lhe toca a ele"

Sobre o facto de o primeiro-ministro ter entregado uma providência cautelar contra o Chega para a retirada dos cartazes em que aparece ao lado do ex-chefe do governo socialista José Sócrates associado ao tema da corrupção, Pedro Nuno Santos sublinhou que "O PS não revê nesta forma de o Chega fazer campanha". 

"Em vários momentos, denunciamos a forma do Chega fazer política", disse. Contudo, ressalvou: "Eu nunca vi o primeiro-ministro preocupado até ao dia em que lhe toca a ele".

Para Pedro Nuno Santos, "os políticos não podem ter duas faces". "Continuaremos sempre a reprovar a forma do Chega fazer politica, aí somos coerentes, seremos sempre duros. Tenho pena é que, noutros momentos, Luís Montenegro não tenha sido duro com o Chega", completou.

Leia Também: Montenegro diz 'não é não' a cartazes do Chega. A polémica e as reações

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