"A Região precisa de estabilidade. O respeito pela decisão da maioria dos eleitores é o caminho a prosseguir", diz o secretário-geral do JPP citado no comunicado com as conclusões da reunião da comissão política do partidorealizada hoje para analisar os resultados das eleições legislativa antecipadas de domingo.
Élvio Sousa complementa: "Com a união entre o PSD e o CDS, desejamos que façam o seu trabalho de dedicação à população, pensem menos nos seus negócios particulares e cumpra escrupulosamente as promessas eleitorais".
No comunicado, o partido, que chegou a falar na possibilidade de uma alternativa governativa ao PSD, assegurou que "sabe ler os resultados eleitorais e reconhece que os cidadãos eleitores elegeram o JPP como o maior partido da oposição".
"É maior a responsabilidade na captação de mais homens e mulheres para o JPP e apuramento de um novo paradigma para a Região, o de JPP ser a única alternativa ao PSD", acrescenta Élvio Sousa.
O secretário-geral salienta que o "JPP subiu em todos os concelhos", destacando o município que governa, Santa Cruz, e ficou em segundo lugar noutros seis, casos do Funchal, Calheta, Câmara de Lobos, S. Vicente, Ribeira Brava, Santana e Porto Santo.
"Reconhecidamente, e nesta conjuntura, os nossos eleitores elegeram o JPP como o partido da Madeira e do Porto Santo", sustenta.
O responsável do JPP agradece este "reforço da confiança depositada no partido", assegurando que vai continuar a sua postura de "defesa intransigente dos reais interesses dos madeirenses".
"A consolidação do JPP começa agora em 2025 e 2029 será um ano decisivo", enfatiza.
No passado domingo (23 de março), o PSD venceu as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, que indicam que o JPP se tornou o principal partido da oposição, deixando para trás o PS.
Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do MAI, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos (62.085 votos) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.
O JPP alcançou 21,05% dos votos (30.094 votos) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS teve 15,64% (22.355) e oito lugares na Assembleia Legislativa Regional, seguindo-se o Chega, que elegeu três deputados, a IL e o CDS-PP, que obtiveram um cada.
Ao círculo eleitoral único do arquipélago, com 47 assentos parlamentares, concorrem 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
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