"O Livre vem desta forma comunicar absoluto repúdio pelo massacre destas centenas de animais", pode ler-se numa nota enviada pelo partido às redações.
Até que uma "ampla revisão" da Lei da Caça seja feita, o partido da papoila considera necessária "uma inspeção regular e atenta de todas as atuais zonas de caça do país e a reposição do calendário venatório anual assente numa avaliação mais frequente e rigorosa do estado das populações das nossas espécies selvagens".
"Sendo a caça direta uma das causas principais para o declínio da biodiversidade, conforme tem sido salientado pela comunidade científica e pelas organizações não-governamentais de ambiente nacionais e internacionais, a promoção desta prática para fins considerados desportivos é altamente questionável", sustenta.
O Livre sublinha ainda que, "em nenhum momento poderão ser toleradas ações de caça que concentrem um número tão elevado de abate indiscriminado num escasso período de tempo e de espaço como se verificou na Quinta da Torre Bela".
"É urgente esclarecer o que ocorreu, assim como o destino que será dado aos animais abatidos. Desta forma, deverão ser tornados públicos os resultados da investigação - que se pretende célere, mas rigorosa - que irá decorrer na sequência da queixa apresentada pelo Ministério do Ambiente ao Ministério Público", apela o partido da papoila.
Na segunda-feira, o Instituto da Conservação da Natureza abriu um processo para averiguar junto da Zona de Caça Turística de Torre Bela, concessionada à Sociedade Agrícola da Quinta da Visitação,SAG, Lda., "os factos ocorridos e eventuais ilícitos" relacionados com estes abates.
O jornal 'online' O Fundamental divulgou no domingo que 540 animais, a maioria veados e javalis, foram abatidos numa montaria nos últimos dias.
O abate, segundo o jornal, terá sido "publicitado" nas redes sociais "por alguns dos 16 'caçadores' que terão participado" na iniciativa.
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