Ao terceiro dia da campanha para as legislativas de 30 de janeiro, a caravana do BE chegou ao Bairro da Jamaica, concelho do Seixal, distrito de Setúbal, onde Catarina Martins esteve também com a família Coxi, que "foi insultada, em pleno horário nobre da televisão por nenhuma outra razão que não o racismo" por André Ventura.
Para lá de alertar para a necessidade de encontrar realojamento urgente para os moradores deste bairro que vivem há anos em casas sem condições de habitabilidade, o BE explicou mais um dos motivos pelo qual pretende manter-se como terceira força política nestas eleições.
Estive no bairro da Jamaica com a família Coxi, porque é a primeira vez que temos um partido parlamentar cujo candidato foi condenado em tribunal por insultos de motivação racista. O reforço do Bloco como terceira força é a derrota de André Ventura. #Legislativas2022 pic.twitter.com/P9ko6Vu1lc
— Catarina Martins (@catarina_mart) January 18, 2022
"É a primeira campanha em que temos um líder de um partido representado na Assembleia da República que é condenado com uma sentença transitada em julgado por insulto e por um insulto com motivação racista. Isto é grave. A melhor lição que lhe podemos dar no dia 30 é a sua derrota e o BE reforçado como terceira força política é a derrota de André Ventura e é essa derrota que queremos impor", afirmou.
Se o BE "convidou a associação de moradores do Bairro da Jamaica para ir ao parlamento mais do que uma vez falar da sua situação de habitação e da necessidade de realojamento", segundo Catarina Martins, não ignora também "que André Ventura utilizou uma família deste bairro para insultos racistas, foi condenado pelo tribunal por isso mesmo e insultou toda a esta comunidade e insulta o país com o seu racismo".
"E viemos aqui também para dizer, muito claramente, que o BE acredita num país em que todos nos respeitamos, olhos nos olhos, de igual para igual. Esse é o país da decência e aqui estamos para dizer que a força do BE será a derrota do racismo de André Ventura e, sim, este país precisa de conquistar mais igualdade, mais direitos e respeitar quem trabalha, respeitar o direito à habitação, é por isso que aqui estamos", justificou.
Leia Também: Bloco acusa Costa de dar milhões à Galp em vez da lição que prometeu