Num 'email' enviado às redações, o ADN afirma que Bruno Fialho tentava votar hoje, pelas 10:30, na escola básica dos Foros de Amora, no concelho do Seixal, distrito de Setúbal, quando, "num primeiro momento, foi impedido de entrar no local, sendo obrigado a ficar à porta, enquanto uma funcionária o barrava" por não usar máscara.
No mesmo comunicado, o ADN afirma que o também candidato a primeiro-ministro terá sido "coagido a não votar" pelo presidente da mesa, "que o insultou e tentou agredi-lo antes e após ter depositado o seu voto na urna", pelo que apresentou uma queixa no livro de reclamações.
A CNE confirmou que recebeu às 15:49 uma queixa relativa a esta situação e referiu não ter recebido mais queixas do género.
"O ADN repudia este comportamento discriminatório e intimidatório de que o seu Presidente foi alvo e que é bem demonstrativo dos tempos estranhos que temos vivido e totalmente avessos aos valores democráticos que todos partilhamos", acrescentou o partido.
Em declarações à Lusa, Bruno Fialho lamentou o sucedido e apelou ao voto dos cidadãos, considerando que o uso de máscara não é obrigatório. Acrescentou ainda que está a reunir queixas de pessoas a quem o direito de voto foi dificultado por não usarem máscaras.
Segundo o MAI, até ao meio-dia de hoje votaram 23,27% dos eleitores inscritos, correspondentes a mais de 2,5 milhões de pessoas, uma percentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 06 de outubro de 2019, antes da pandemia, quando a afluência média às urnas à mesma hora estimava-se em 18,83% dos eleitores, o que correspondia a cerca de dois milhões de votantes.
Fonte da CNE disse à Lusa que as eleições de hoje estão a decorrer com normalidade e serenidade, sem incidentes.
As assembleias de voto para as eleições legislativas abriram às 08:00 de hoje em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.
Nos Açores, as mesas de voto abriram e encerram uma hora depois em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Podem votar para as eleições antecipadas de hoje 10.820.337 eleitores, mais 9.808 do que nas anteriores legislativas, em 2019.
Tendo em conta a atual situação da pandemia, em que mais de um milhão de pessoas estão em isolamento obrigatório devido à covid-19, o Governo decidiu que estes eleitores podem votar presencialmente e recomendou que o façam num período específico, entre as 18:00 e as 19:00.
A legislatura atual, que terminaria apenas em 2023, foi interrompida depois do 'chumbo' do Orçamento do Estado para 2022 ter gerado uma crise política que levou à dissolução do parlamento e à convocação de eleições antecipadas.
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