A deputada bloquista Mariana Mortágua considerou, esta quarta-feira, que as "pessoas têm direito a salários e pensões que acompanhem a inflação", na sequência do anúncio feito pelo Governo socialista, que prevê um novo apoio extraordinário de 240 euros destinado a famílias em situação de maior vulnerabilidade.
Numa publicação na rede social Twitter, aquela que se apresenta como um dos principais rostos do Bloco de Esquerda (BE) destacou, a este propósito, que: "Substituir esta política de respeito e dignidade por uma lógica de apoios pontuais é errado".
Na sua perspetiva, argumentou ainda, a "exigência de salários e prestações dignas não pode ser substituída pelo agradecimento por apoios ad hoc", fazendo assim uma evidente crítica às ferramentas que o executivo liderado por António Costa tem usado para apoiar as famílias portuguesas num cenário de constante aumento de preços.
As pessoas têm direito a salários e pensões que acompanhem a inflação. Substituir esta política de respeito e dignidade por um lógica de apoios pontuais é errado. A exigência de salários e prestações dignas não pode ser substituída pelo agradecimento por apoios ad hoc
— mariana mortágua (@MRMortagua) December 14, 2022
Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira, em declarações à Visão, que o Governo vai aprovar já amanhã um novo apoio extraordinário, de 240 euros, às famílias mais vulneráveis. O montante vai ser pago no dia 23 de dezembro e surge com a finalidade de mitigar os efeitos da inflação.
Prevê-se, assim, que um milhão de famílias sejam abrangidas por esta medida - nomeadamente, as beneficiárias da tarifa social de eletricidade ou de prestações sociais.
Leia Também: MP arquiva inquérito sobre colaboração de Mariana Mortágua com os media