"Estamos a procurar acompanhar dentro do possível. É claro que estamos perante uma situação dentro de um país que com os seus próprios meios terá de resolver a situação", afirmou o secretário-geral do PCP.
Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas à margem de um almoço-convívio da Direção da Organização Regional de Aveiro do PCP, disse ainda não ter a certeza de que a rebelião do grupo mercenário Wagner vai contribuir para a resolução do conflito na Ucrânia.
"Enquanto estão a acontecer esses acontecimentos que não conhecemos muito bem, sabemos de certeza que continuam a morrer dezenas, centenas, milhares de pessoas na Ucrânia a esta hora nos combates. Isso é que é preciso travar e é preciso encontrar todas as soluções que contribuam para a resolução do conflito. Não tenho a certeza de que os desenvolvimentos contribuam para isso, mas não conheço mais pormenores", observou.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
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