Na conferência de imprensa para apresentação da contraproposta à do Governo para as negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a intervenção do Presidente da República neste processo orçamental, depois de ter decidido adiar as viagens à Estónia e à Polónia.
"Muito se comentou sobre a intervenção do senhor Presidente da República. Eu quero dizer que o PS tem um respeito total pelo Presidente da República e pelo seu grau de intervenção", começou por responder.
O líder do PS considerou natural que Marcelo Rebelo de Sousa "queira promover todos os esforços necessários para garantir a estabilidade política e orçamental".
"Vemos com bons olhos e naturalidade qualquer intervenção que o senhor Presidente da República possa fazer nesse sentido", assegurou.
O chefe de Estado decidiu adiar as viagens à Estónia e à Polónia previstas para a próxima semana e manter-se no país, tendo em conta as negociações orçamentais em curso.
"Terminando no próximo dia 10 de outubro o prazo para entrega na Assembleia da República da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2025, mas estando ainda em curso diligências do Governo designadamente com o PS, com vista a concluir tal proposta, o Presidente da República considerou mais avisado adiar a deslocação prevista à Estónia e à Polónia na próxima semana e manter-se no país", disse hoje à Lusa fonte da Presidência da República.
À tarde, Marcelo Rebelo de Sousa justificou este adiamento com a necessidade de "acompanhar de perto" as negociações orçamentais em curso, alegando que "os portugueses não iriam compreender" se tivesse outra atitude.
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