Em reação aos discursos do 114.º aniversário da Implantação da República, que decorreram na Praça do Município, em Lisboa, a vice-presidente do PSD e ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, foi questionada pelos jornalistas sobre a contraproposta orçamental que o líder do PS, Pedro Nuno Santos, apresentou na véspera ao Governo.
"Hoje é o dia para falarmos do 05 de Outubro, da mensagem do senhor Presidente da República e não é dia para falar do Orçamento do Estado. Estamos para comentar esta intervenção do senhor Presidente da República, para falarmos do 05 de Outubro e não para falar do Orçamento do Estado", respondeu Margarida Balseiro Lopes, perante a insistência dos jornalistas.
A ministra foi ainda questionada sobre as declarações do presidente da Câmara de Lisboa, o também social-democrata Carlos Moedas, que citou Camões para criticar aqueles que no presente estão "reféns de ansiedades pessoais e partidárias", abdicando do "interesse nacional".
"Eu compreendo a pergunta, mas a minha resposta vai ser sempre igual: não vou falar do Orçamento do Estado", reiterou.
Margarida Balseiro Lopes destacou do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa a importância que deu à República e à democracia, referindo que "fez sempre essa relação, mas sobretudo alertando para as imperfeições" e para aquilo que é preciso corrigir.
"Falou da necessidade e nós estamos perfeitamente alinhados com essa preocupação com o combate às desigualdades, com combate à pobreza, com o combate à corrupção, mas há uma mensagem que eu queria destacar: a necessidade de rejuvenescer o país", enfatizou.
A dirigente do PSD assinalou que o Presidente da República "falou do envelhecimento" de Portugal, considerando que o país precisa de reter jovens.
"Precisamos de ter essa capacidade de oferecer boas condições, de sermos audazes, corajosos, nas medidas, nas políticas públicas para conseguirmos também cumprir esse desígnio de fixar os jovens cá", disse.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que "a democracia está viva", embora não seja "perfeita nem acabada", e defendeu que tem de ser "mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária".
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