Francisco Lopes. PCP não vai ficar a "olhar com nostalgia" para o passado

O dirigente do PCP Francisco Lopes garantiu hoje que o partido não vai ficar a "olhar com nostalgia" para o passado nem vai estar "à espera de ter mais influência e mais organização para agir".

Notícia

© Global Imagens

Lusa
15/12/2024 12:50 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Francisco Lopes

"Queremos dizer com clareza: não estamos à espera de ter mais influência e mais organização para agirmos. Agimos com a força e influência que temos, com o partido que somos, com as suas imperfeições, e com a força notável que constitui, e é também isto que alargará a sua influência e tornará o partido mais forte", afirmou Francisco Lopes, membro da Comissão Política e do Secretariado do PCP, no 22.º Congresso do partido, em Almada.

 

O dirigente comunista assegurou que o PCP não vai "esperar por um partido idealizado", nem vai ficar "a olhar com nostalgia para este ou aquele momento da história".

"Somos comunistas hoje, assumimos o legado revolucionário de tantos que nos antecederam, de olhos postos no futuro, reafirmamos o nosso compromisso com os trabalhadores e o povo", afirmou.

Neste discurso, Francisco Lopes frisou que, desde o último Congresso do PCP, em 2020, "é impressionante o que o partido enfrentou, o que fez, ao que resistiu e sempre num combate pelo futuro, apontando com determinação e confiança as soluções, o seu ideal e projeto".

"E aqui estamos, a prosseguir, a relançar neste Congresso a nossa luta. Novas energias, novos militantes, novos quadros que se acrescentam a todos os outros, porque todos são necessários e estão convocados na luta que continua", afirmou, salientando que este tempo é "histórico" e a sua exigência "eleva as responsabilidades" dos militantes do PCP.

O ex-candidato presidencial defendeu que o PCP é "um partido que se diferencia de todos outros", que tem "uma identidade própria que emerge acima das cortinas de fumo da conjuntura", que o "define e orienta no caminho face aos obstáculos e contratempos que colocam os promotores e agentes da exploração da guerra e da predação dos recursos".

Francisco Lopes salientou que o PCP é um "partido de massas que trabalha para o recrutamento de novos militantes" e que, "ainda mais nas circunstâncias atuais, acentua a importância da militância".

"Precisamos de um partido mais forte, com o reforço dos organismos dirigentes aos vários níveis na base do trabalho coletivo e da responsabilidade individual, com mais mil quadros a assumirem responsabilidades regulares nos próximos anos, juntando-se aos mais de mil que as assumiram desde a Conferência Nacional", disse.

Prometendo que o PCP vai ser "mais forte, com a criação e dinamização de mais organismos, nomeadamente de células de empresa e de setor, mas também organismos locais", Francisco Lopes frisou ainda que, neste congresso, está a ser lançado "um movimento geral de reforço do partido, de reforço da direção e estruturação".

"Lutamos em condições exigentes. Somos atingidos pelos golpes dos senhores que comandam o país à margem e contra a Constituição da República, pelo silenciamento e a manipulação", afirmou o dirigente comunista, que reconheceu também que o partido tem "insuficiência" que analisa.

"Aprendemos com a experiência, apontamos o caminho e prosseguimos. Nesta luta desigual, temos a força inabalável das nossas convicções e projeto e da ligação aos trabalhadores e às massas populares fonte inesgotável de fortalecimento", referiu.

Leia Também: PS pede a comunistas que não" percam energia" a torná-lo um "alvo"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas