O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, considerou, esta segunda-feira, que o Governo da Aliança Democrática (AD) “caiu na tentação de instrumentalizar o tema da segurança e as forças de segurança para benefício eleitoral”, à semelhança da extrema-direita.
“Temos de encarar o tema com serenidade e não instrumentalizarmos a segurança para fins de demagogia política, como temos assistido nomeadamente pela extrema-direita. O próprio Governo da AD caiu na tentação de instrumentalizar o tema da segurança e as forças de segurança para benefício eleitoral”, disse, em declarações à imprensa.
O responsável realçou que os socialistas sempre atuaram “sobre este tema com discrição, serenidade, tranquilidade, que é aquilo que é necessário”, ainda que tenha ressalvado que “levamos muito a sério e obviamente que vemos com alguma preocupação o aumento da criminalidade violenta, nomeadamente entre os jovens e contra as mulheres”.
Nessa linha, defendeu que “o esforço de valorização da carreira policial deve continuar” e mostrou-se disponível “para fazer uma revisão das carreiras”.
“Estava em curso uma negociação que foi interrompida e que concluiremos, porque achamos que é muito importante [que estas carreiras] sejam suficientemente atrativas, para que os jovens queiram fazer esta profissão e, dessa forma, contribuir para o efetivo que precisamos para manter a segurança”, disse.
Saliente-se que, há cerca de duas semanas, o líder socialista já tinha referido que "a atuação das forças de segurança é independente e autónoma" e que, em nenhum momento, "deve ser apropriada pelos atores políticos", como disse ter acontecido nos últimos meses pelo Governo PSD/CDS-PP.
[Notícia atualizada às 10h53]
Leia Também: Proposta de novo mecanismo europeu para defesa debatida por ministros das Finanças