PS responsabiliza ex-líder em Condeixa-a-Nova por divisões internas

A Federação Distrital de Coimbra do PS responsabilizou esta segunda-feira a ex-líder da concelhia de Condeixa-a-Nova, Liliana Pimentel, que renunciou ao cargo e se desfiliou do partido, pela avocação do processo de escolha do candidato à Câmara Municipal.

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© Reprodução Facebook/Liliana Marques Pimentel

Lusa
14/04/2025 16:37 ‧ ontem por Lusa

Política

Eleições Autárquicas

Em comunicado, aquela estrutura federativa acusou Liliana Pimentel, que já anunciou uma candidatura independente à Câmara, de, no processo de preparação das eleições internas, realizadas em setembro de 2024, ter promovido a "inscrição irregular de 234 pessoas como militantes, sem que as respetivas fichas tivessem sido submetidas à devida apreciação e aprovação pelo Secretariado Distrital, como obriga os Estatutos", com a conivência do então vice-presidente da Federação, Daniel Antão.

 

"Essas fichas foram dadas como aprovadas pelo citado ex-vice-presidente, com base em supostas reuniões de Secretariado, alegadamente realizadas em dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, que não se realizaram", referiu o PS, na nota, salientando que a estratégia tinha como objetivo claro "garantir a vitória" de Liliana Pimentel nas eleições internas.

A Federação Distrital de Coimbra recordou que, "face à gravidade dos factos, foi instaurado um processo disciplinar de âmbito nacional ao então vice-presidente da Federação, que culminou na suspensão de Daniel Antão como militante do PS por um ano, por ter dado como aprovadas, de forma irregular, as fichas em causa, sem deliberação do órgão competente".

A estrutura socialista salientou que decorre atualmente um processo-crime contra Daniel Antão, pela aprovação ilegal das referidas inscrições, e a apreciação da legalidade das eleições internas para a concelhia pelo Tribunal Constitucional, "através de ações de impugnação que continuam pendentes".

"Face à ausência de condições para assegurar uma liderança legítima e representativa, e perante a recusa reiterada de Liliana Pimentel em aceitar soluções consensuais, a Federação Distrital de Coimbra do PS viu-se forçada a avocar o processo de escolha de candidatos, em estrito respeito pelos Estatutos e pela democracia interna", lê-se no comunicado.

O partido referiu ainda que, "à data [setembro de 2024], o PS em Condeixa-a-Nova encontrava-se dividido em dois blocos de militantes de dimensão semelhante, com posições irreconciliáveis, e que era impossível construir uma solução estável com base numa liderança nascida de um processo viciado".

Liliana Pimentel tinha sido escolhida por votação da Comissão Política Concelhia para protagonizar a candidatura socialista à autarquia de Condeixa-a-Nova, mas o processo foi avocado pela Federação Distrital, tendo o nome do atual presidente da Assembleia Municipal, António Figueiredo, sido, mais tarde, indicado para cabeça de lista.

No início de abril, a antiga autarca renunciou ao cargo e desfiliou-se do PS, do qual era militante desde 2005, tendo sido acompanhada da demissão em bloco de mais de 200 militantes.

Na semana passada, anunciou a sua candidatura à presidência da Câmara de Condeixa-a-Nova pelo recém-criado movimento independente Condeixa.Novos Caminhos.

A distrital de Coimbra considerou que, apesar dos episódios que recentemente marcaram a vida interna do partido em Condeixa-a-Nova, o PS "não se confunde com interesses individuais nem com projetos pessoais".

"O partido existe para servir as pessoas, nunca para ser usado como instrumento de afirmação pessoal ou de ambições desmedidas", sustentou.

A Federação Distrital de Coimbra disse estar vigilante sobre todas as manobras que "atentem contra a ética política, a legalidade interna e o bom nome do PS, agindo com firmeza sempre que necessário para proteger a integridade das suas estruturas e a confiança dos militantes e da população".

Leia Também: Incêndio urbano em Condeixa-a-Nova causou um desalojado

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