Mas será que é eficaz? A prática é usada nos treinos de alto nível, mas para testar os efeitos que poderia ter em pessoas com uma vida predominantemente sedentária, o programa da BBC 'Confie em Mim, Sou Médico' organizou uma experiência com um grupo de indivíduos sedentários e o professor Tony Kay, da Universidade de Northampton, no Reino Unido.
Kay é especialista em biomecânica do exercício e recrutou sete voluntários que não praticam mais de duas horas de atividade física por semana para submetê-los a uma série de testes voltados para uma área específica do corpo: o gémeo.
Primeiro, o professor mediu a força deste músculo com o auxílio de um dinamómetro, o tamanho com um aparelho de ultrassom, e a percentagem de uso do músculo com eletrodos. Para isso, o grupo teve que fazer um exercício básico para contrair ao máximo a barriga da perna.
A partir daí, os voluntários passaram 15 minutos a pensar no exercício.
Após um mês, a força dos gémeos havia aumentado, em média, 8%. Mas um dos voluntários alcançou um aumento de quase 34% na força muscular.
É importante explicar que tal não ocorreu por causa de aumento de massa muscular, mas sim porque, ao pensar num exercício particular durante um mês, os participantes aprenderam a estimular melhor as fibras musculares. No início da experiência, o grupo utilizava, em média, 46,3% da massa muscular da barriga da perna. No final, o percentual de uso chegou quase a 69%.
"Conseguiram exigir mais do músculo", explica Kay.
"Com isso, ativam uma percentagem muito maior do músculo ao fazer o exercício, o que lhes permite produzir mais força."
O 'motor imaginário' é utilizado por atletas de elite para melhorar seu rendimento, mas também é ideal para evitar perda de força muscular em pessoas lesionadas ou que não podem realizar uma atividade física.