"Um problema com as ligações aéreas impediu o secretário-geral de participar na cimeira", disse à Lusa Stephanie Tremblay, porta-voz associada de António Guterres.
O secretário-geral da ONU participou nos trabalhos da conferência de segurança em Munique.
Estava previsto que Guterres discursasse na cerimónia de abertura dos trabalhos da cimeira da UA.
A União Africana (UA) iniciou hoje, em Adis Abeba, a sua 37.ª Cimeira ordinária, com o Sahel, a instabilidade política e o agudizar de conflitos regionais a porem à prova a sua vitalidade e credibilidade.
Os chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros vão ter de fazer prova de fé na coerência dos princípios constitutivos da UA, que nestes últimos 12 meses foi posta à prova pela turbulência provocada por golpes militares no Sahel, que levou três países -- Burkina Faso, Mali e Níger -, a anunciarem a saída da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
A agitação no Senegal, apresentado como baluarte da democracia e alternância de poder, fez levantar acusações ao Presidente, Macky Sall, de ter perpetrado um "golpe constitucional" para se manter no poder, e os conflitos no Sudão, Líbia e a quase confrontação direta entre a República Democrática do Congo e o Ruanda são outros desafios na agenda de trabalhos de dois dias.
Nesta cimeira deverá ser escolhida a Mauritânia como solução de recurso para suceder às Comores na presidência da UA em 2024.
Leia Também: Milhares de pessoas protestam em Budapeste após indulto polémico