O partido de Orbán, Fidesz, obteve mais de 43% dos votos, com base em mais de metade dos votos contados e que estão em linha com a projeção do Parlamento Europeu, mas muito abaixo do resultado de 52,5% nas eleições europeias anteriores, em 2019.
Este poderá ser o pior desempenho desde que Orbán regressou ao poder no país da Europa Central em 2010.
O líder de 61 anos está a pagar o preço da ascensão meteórica do movimento Tisza, liderado por um dissidente do Fidesz, Peter Magyar, prestes a obter quase 31% dos votos, de acordo com a projeção do Parlamento Europeu.
Magyar, um advogado de 43 anos, conquistou muitos húngaros em apenas alguns meses e abalou o cenário político ao entrar em cena em fevereiro, aproveitando a indignação pública após um escândalo causado pelo perdão presidencial a um homem condenado por ajudar a encobrir abusos sexuais de menores.
Desde então, derrubou os partidos de oposição existentes, com um discurso conservador e agressivo contra a corrupção que, aos seus olhos, está a arruinar o país.
O escrutínio europeu na Hungria foi marcado por uma participação recorde de mais de 56%.
Sempre muito crítico de Bruxelas, Viktor Orbán, que continua próximo do líder do Kremlin (presidência russa), Vladimir Putin, tem aumentado os ataques contra a União Europeia (UE) e a NATO, acusando as organizações de arrastar os países-membros para uma "confrontação global" a partir da guerra na Ucrânia.
A Hungria preside ao Conselho da UE no próximo semestre, sucedendo à Bélgica.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
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