Suíça. Libertado ativista envolvido na 1.º cápsula de auxílio ao suicídio

Os investigadores descartaram a hipótese de homicídio, apesar de haver "fortes suspeitas do crime de incitação e cumplicidade de suicídio".

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© ARND WIEGMANN/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
02/12/2024 16:15 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

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Um ativista pelo 'direito a morrer', envolvido na primeira utilização de uma cápsula de suicídio assistido, na Suíça, foi libertado, esta segunda-feira, depois de mais de dois meses sob custódia policial. Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), que cita procuradores suíços, a decisão foi tomada após se ter excluído a possibilidade de homicídio.

 

Trata-se de Florian Willet, responsável pelo grupo de defesa The Last Resort, que foi detido no final de setembro na região de Schaffhausen, juntamente com outras três pessoas, após uma mulher norte-americana de 64 anos ter utilizado a cápsula de suicídio 'Sarco'.

As outras três pessoas foram libertadas, mas as autoridades decidiram manter Willet detido até agora sob suspeita de que a mulher, que não foi identificada, poderia não ter cometido suicídio, mas sim sido morta.

O Ministério Público suíço, citado pela AFP, indicou que foi aberto um processo no final de setembro por suspeita de "incitação e cumplicidade ao suicídio" e uma "forte suspeita de cometimento de um homicídio intencional".

No entanto, os investigadores já descartaram a possibilidade de homicídio, apesar de haver "fortes suspeitas do crime de incitação e cumplicidade de suicídio".

A cápsula de suicídio 'Sarco', que foi só utilizada no final de setembro, foi concebida para permitir que uma pessoa no seu interior carregue num botão que injeta gás nitrogénio (ou azoto) na câmara selada. 

Esta cápsula tem a forma de uma mini-cabine na qual a pessoa que deseja acabar com a sua vida deve deitar-se e depois responder a uma série de perguntas para confirmar que compreende o que está a fazer antes de ativar um botão que liberta o gás nitrogénio .

A pessoa acaba por adormecer, perdendo a consciência, e morrer por asfixia em poucos minutos.

Em julho, os seus promotores apresentaram este dispositivo, afirmando que pretendiam realizar a sua primeira utilização na Suíça, onde o suicídio assistido é permitido, mas só com o apoio de um médico.

No entanto, a associação anunciou no final de julho que a pessoa que seria a primeira a utilizá-lo, uma mulher norte-americana na casa dos 50 anos, deixou de o ser devido à deterioração do seu estado mental.

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Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos autodestrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:

SOS Voz Amiga (entre as 15h30 e 00h30, número gratuito) 800 100 441 (entre as 16h e as 00h00) 213 544 545 - 912 802 669 - 963 524 660 

Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020 - 915246060 - 969554545

Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707 

Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

Todos estes contactos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24 - depois deve selecionar a opção 4), o contacto é assumido por profissionais de saúde. A linha do SNS24 funciona 24 horas por dia.

Leia Também: Aumento de suicídio entre jovens é "sinal de mal-estar preocupante"

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