ONU acompanha "saída futura" de Angola de países menos desenvolvidos

A ONU anunciou hoje que está a acompanhar a "saída futura" de Angola do grupo de países menos desenvolvidos, juntando-se a Cabo Verde e São Tomé e Príncipe na lista de países de rendimento médio.

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Lusa
16/12/2024 18:57 ‧ há 3 horas por Lusa

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Angola

No anúncio, dos serviços de imprensa da ONU, salienta-se que "Angola integra os países menos desenvolvidos desde 1994 e recebe assistência para a graduação".

 

Os serviços de imprensa da ONU acrescentam que relativamente aos restantes países de língua portuguesa em África que ainda figuram na categoria de países menos desenvolvidos estão a Guiné-Bissau, desde 1981, Moçambique, que foi incluído em 1988, e Timor-Leste, que entrou na lista em 2002.

Cabo Verde graduou-se em 2017, ao fim de 30 anos no bloco dos países menos desenvolvidos.

Portugal é o único país desenvolvido do grupo de países de língua oficial portuguesa.

O Brasil está no grupo dos países de desenvolvimento médio e em 2024 a economia brasileira foi considerada a nona maior do mundo.

Na passada sexta-feira a ONU anunciou que "São Tomé e Príncipe deixou oficialmente de integrar a categoria de Países Menos Desenvolvidos", referindo que esse marco assinala "uma conquista significativa na jornada de desenvolvimento".

Segundo uma publicação no portal da ONU na Internet, o anúncio foi feito em Nova Iorque pelo Escritório da alta representante para os Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento Sem Litoral e Pequenos Estados-ilha em Desenvolvimento.

A "promoção" de São Tomé e Príncipe foi saudada efusivamente pelo primeiro-ministro são-tomense.

Numa declaração divulgada no sábado, Patrice Trovoada disse tratar-se de um "marco importante" e um "momento histórico".

"É com profundo orgulho e um sentido de responsabilidade que hoje partilhamos um marco importante na trajetória de São Tomé e Príncipe, que é a graduação do nosso país do grupo de países menos avançados para o estatuto de país de renda média. É o reconhecimento do progresso que alcançámos ao longo dos anos, fruto do esforço coletivo de todos os são-tomenses e das parcerias sólidas que cultivamos com a comunidade internacional", salientou Patrice Trovoada.

A graduação de São Tomé e Príncipe para país de rendimento médio acontece numa altura em que o arquipélago continua sem acordo de crédito alargado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar do acordo técnico anunciado em novembro após dois anos de negociações.

O Comité de Políticas de Desenvolvimento das Nações Unidas é que propõe as economias que transitam e identifica os que devem cumprir os critérios para iniciar o processo de graduação que acontece a cada dois anos.

A categoria de países menos desenvolvidos foi criada pela ONU em 1971 e incentiva a prestação de ajuda a países de baixo rendimento por serem altamente vulneráveis à crise económica e ambiental e terem baixos níveis de desenvolvimento humanos.

Leia Também: ONU apela a julgamentos públicos e transparentes para crimes de Assad

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