"Após as sirenes de alerta ativadas no centro de Israel, um míssil lançado do Iémen foi intercetado antes de entrar em território israelita. As sirenes de alerta relativas ao lançamento de mísseis e rockets foram acionadas por receio de queda de destroços após a interceção", explicou, em comunicado, o Exército israelita.
Os rebeldes Huthis do Iémen, um grupo rebelde apoiado pelo Irão, assumiram mais tarde a responsabilidade pelo ataque, dizendo que tinham "realizado uma operação militar visando um objetivo militar do inimigo israelita na área ocupada de Yaffa", o nome árabe de Jaffa, um bairro de Telavive, dizendo que "a operação atingiu com sucesso os seus objetivos".
O porta-voz militar dos insurgentes iemenitas, Yahya Sarea, reafirmou em comunicado que realizaram uma operação militar contra um alvo na capital israelita utilizando um míssil balístico hipersónico, tipo Palestina 2.
Na sexta-feira os rebeldes Huthis do Iémen já tinham assumido a responsabilidade por dois ataques contra Telavive e Ashkelon, além do lançamento de drones, em colaboração com milícias xiitas armadas no Iraque, contra "alvos vitais" no sul do Estado judaico.
Os Huthis já lançaram vários ataques contra Israel, alegando agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, onde uma guerra opõe Israel ao movimento islamista palestiniano Hamas desde 07 de outubro de 2023.
Em julho, um ataque de drone em Telavive executado pelos rebeldes Huthis matou um civil israelita, provocando ataques de retaliação israelitas contra o porto iemenita de Hodeida.
Os insurgentes, que controlam grande parte do Iémen, atacam também regularmente navios ligados, segundo estes, a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido no mar Vermelho e no golfo de Áden, apesar dos ataques executados pelo Exército americano, por vezes com a ajuda do Exército britânico.
A guerra em Gaza começou após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas ao sul de Israel, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis.
A ofensiva de retaliação de Israel já matou mais de 44.800 palestinianos em Gaza, segundo as autoridades sanitárias locais, que adiantam que as mulheres e as crianças representam mais de metade dos mortos, mas não fazem distinção entre combatentes e civis na sua contagem.
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