Israel admite entrada de colonos no Líbano sem autorização

Israel admitiu hoje que um grupo de colonos liderado pelo movimento sionista de extrema-direita Uri Tzafon entrou no sul do Líbano sem autorização há duas semanas, e foi forçado a regressar pelo exército israelita.

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© Murat Sengul/Anadolu via Getty Images

Lusa
18/12/2024 16:56 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Os civis atravessaram a chamada Linha Azul, a fronteira 'de facto' estabelecida pela ONU entre Israel e o Líbano em 2000, por vários metros, disse um porta-voz militar ao jornal The Times of Israel.

 

O grupo chegou às imediações da aldeia libanesa de Maroun al-Ras, segundo o jornal, citado pela agência espanhola EFE.

Quando a incursão dos colonos se tornou pública, o exército disse que tinham acampado numa comunidade israelita perto da fronteira, da qual foram expulsos por se tratar de uma zona militar fechada.

Agora, depois de uma investigação, o exército admitiu que o grupo atravessou a fronteira e entrou no país vizinho.

O grupo Uri Tzafon já tinha defendido anteriormente que os colonatos israelitas no sul do Líbano eram a "única solução" para os confrontos com o grupo libanês xiita Hezbollah.

A zona em que os colonos entraram estava sob o controlo das tropas israelitas, que permanecem no sul do Líbano após o cessar-fogo com o Hezbollah, iniciado em 27 de novembro.

O exército anunciou na segunda-feira a retirada da 98.ª Divisão do sul do Líbano, após três meses de combates, para se preparar "para a próxima missão na Faixa de Gaza", onde a guerra dura há mais de 14 meses.

O Hezbollah e Israel concordaram em retirar as suas forças, no prazo de 60 dias, da área entre a Linha Azul e o rio Litani, que foi estabelecida como zona desmilitarizada pela ONU após a guerra de 2006.

O exército israelita disse na terça-feira que matou um membro do Hezbollah que alegadamente estava a carregar um veículo com armas no sul do Líbano, "em violação dos acordos de cessar-fogo".

O atual conflito no Médio Oriente, que causou dezenas de milhares de mortos, sobretudo em Gaza, foi desencadeado por um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023.

Israel respondeu com uma intervenção militar de grande envergadura na Faixa de Gaza, mas o conflito estendeu-se ao Líbano por o Hezbollah ter atacado alvos israelitas para ajudar o Hamas.

O Hezbollah e o Hamas, bem como outros grupos islamitas da região, integram o chamado "eixo de resistência" contra Israel liderado pelo Irão.

O eixo também tinha como aliado o regime de Bashar al-Assad na Síria, que foi deposto em 08 de dezembro, após uma ofensiva relâmpago de forças rebeldes.

Assad fugiu para a Rússia, que lhe deu asilo político.

Leia Também: Síria. UNICEF pede plano para ajudar mais de 7,5 milhões de crianças

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