No final de novembro, Ursula von der Leyen anunciou perante o Parlamento Europeu, aquando da votação do colégio de comissários, que "a primeira grande iniciativa da nova Comissão será uma bússola da competitividade", que irá enquadrar o trabalho do executivo comunitário e será executada de acordo com os três pilares: inovação, descarbonização e segurança.
O objetivo desta iniciativa é o de colmatar o défice de inovação da Europa em relação aos Estados Unidos e à China, aumentar a segurança e a independência e concretizar a descarbonização.
Numa pergunta dirigida à líder do executivo, os eurodeputados social-democratas Lídia Pereira, Sebastião Bugalho, Paulo Cunha e Hélder Sousa e Silva recordam que von der Leyen tem sido clara sobre a "principal prioridade do seu mandato: a competitividade da economia europeia".
"Esta preocupação é, naturalmente, anterior a este mandato, como revelam os relatórios [Mario] Draghi e [Enrico] Letta, sobre a competitividade e o mercado interno, respetivamente", refere a eurodeputada Lídia Pereira, autora da pergunta enviada à Lusa.
Em julho, quando foi reeleita presidente da Comissão para um segundo mandato, von der Leyen comprometeu-se com "uma verificação da competitividade e impacto nas pequenas e médias empresas no quadro do pacote de melhor regulação, e com um novo Fundo Europeu para a Competitividade", recorda.
Os eurodeputados questionam a presidente da Comissão em que consistirá, concretamente, a anunciada Bússola Europeia da Competitividade e qual o calendário para a sua apresentação, bem como se esta iniciativa compreenderá a verificação de competitividade e o Fundo Europeu para a Competitividade anunciados.
Os eurodeputados subscritores da pergunta integram, respetivamente, as comissões de Economia, Negócios Estrangeiros, Indústria e Defesa.
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