"Israel quer verdadeiramente a libertação dos reféns e está a trabalhar arduamente para chegar a um acordo", afirmou Gideon Saar, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
Segundo Gideon Saar, "Israel está a trabalhar com os amigos norte-americanos para chegar a um acordo sobre os reféns" e tem "havido progressos" nas negociações indiretas com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Em breve saberemos se o outro lado quer o mesmo", disse, referindo-se ao Hamas, segundo relata o jornal israelita 'The Times of Israel'.
O ministro adiantou ainda que a situação "parece muito melhor", embora se tenha escusado a adiantar mais pormenores.
"Estou consciente de que há famílias que são sensíveis a cada palavra e a cada frase [sobre às negociações]", argumentou.
O líder do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel salientou ainda que as autoridades estão a trabalhar tanto com o governo dos EUA, liderado por Joe Biden, como com o Presidente eleito Donald Trump, que tomará posse a 20 de janeiro.
"Espero que num curto espaço de tempo vejamos as coisas a acontecer, mas ainda temos de esperar para ver", concluiu.
Por seu lado, o ministro das Finanças israelita, o extremista de direita Bezalel Smotrich, voltou a afirmar que rejeita qualquer cessar-fogo em Gaza, que descreveu como "uma catástrofe para a segurança nacional de Israel", acrescentando que o seu partido, o Sionismo Religioso, "não fará parte" de um pacto nesse sentido.
"Não faremos parte de um acordo de rendição que inclua a libertação de terroristas, o fim da guerra e a dissolução das conquistas obtidas com muito sangue", afirmou numa mensagem publicada na rede social X.
"É tempo de continuar com todas as nossas forças a ocupar e limpar toda a Faixa e finalmente assumir o controlo da ajuda humanitária do Hamas, abrindo as portas do inferno em Gaza até que o Hamas se renda completamente e até que todos os reféns tenham regressado", defendeu, reiterando as suas anteriores declarações a favor da manutenção da ofensiva e da ocupação do enclave.
O exército israelita lançou uma ofensiva contra Gaza após os ataques do Hamas a 07 de outubro de 2023, que fizeram cerca de 1.200 mortos e quase 250 reféns em Israel.
As autoridades de Gaza controladas pelo Hamas reportaram até ao momento quase 46.600 mortes, além de mais de 800 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças israelitas ou em ataques de colonos.
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