Esta semana, o M23 tomou o controlo da cidade congolesa de Goma, capital da província de Kivu do Norte, numa região rica em recursos minerais, mas assolada por conflitos.
O grupo armado também declarou na quinta-feira que pretendia conquistar a capital, Kinshasa, e governar o país.
Em comunicado, o exército ugandês afirmou que iria "adotar uma postura defensiva (...) até ao fim da crise" e que o objetivo era "dissuadir e impedir que os muitos outros grupos armados que operam no leste da RDCongo explorem a situação e proteger e assegurar os interesses do Uganda".
O exército ugandês menciona o nome do grupo Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), originalmente rebeldes ugandeses de maioria muçulmana, que atuam no Uganda e na RDCongo, desde meados dos anos 90, onde já mataram milhares de civis e praticam pilhagens.
"O exército ugandês, em colaboração com as as forças armadas democrático-congolesas [FARDC] (...), está a acompanhar de perto a evolução da situação de segurança e continuará a perseguir agressivamente os remanescentes das ADF onde quer que se desloquem", afirmou.
Em 2005, o Uganda foi condenado pela ONU por violar o princípio da não-interferência quando os seus soldados foram destacados para a província congolesa vizinha de Ituri. Todavia, 20 anos mais tarde, Kampala continua a apoiar os grupos armados nessa província, segundo os peritos da ONU.
A guerra no leste da RDCongo, país vizinho de Angola, opõe o movimento rebelde M23, apoiado pelo Ruanda, ao exército governamental.
Os rebeldes estão a ganhar terreno no leste, onde se registaram numerosos surtos de doenças contagiosas e uma enorme escassez de ajuda por parte da comunidade humanitária, que considera a situação muito difícil.
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