Rússia pede a Hamas que cumpra promessas e liberte os reféns

A Rússia pediu hoje ao Hamas que "cumpra as suas promessas" sobre a libertação de reféns, durante uma visita a Moscovo de um líder do movimento islamita palestiniano, tendo como pano de fundo o cessar-fogo na Faixa de Gaza.

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© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Lusa
03/02/2025 19:10 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O vice-presidente do gabinete político do Hamas, Moussa Abu Marzook, reuniu-se hoje em Moscovo com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, segundo um comunicado da diplomacia russa.

 

Os dois políticos discutiram "a implementação do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza" e a necessidade de "aumentar a ajuda humanitária à população palestiniana".

Moscovo "mais uma vez destacou a necessidade de cumprir as promessas feitas pela liderança do Hamas em relação à libertação prioritária do cidadão russo [Alexander] Trufanov e de outros reféns mantidos na Faixa de Gaza", acrescentou o ministério russo.

Trufanov está entre as pessoas ainda detidas na Faixa de Gaza, das 251 feitas reféns durante o ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, seguido de uma devastadora ofensiva israelita contra o grupo armado no enclave palestiniano.

De acordo com as agências de notícias russas, Moussa Abu Marzook elogiou "a contribuição da Rússia no fornecimento de ajuda humanitária a Gaza" e "o papel da Rússia em questões de apoio aos direitos do povo palestiniano".

Bogdanov reuniu-se hoje também com a embaixadora israelita, Simona Halperin, na capital russa, discutindo igualmente o acordo de cessar-fogo com o Hamas e a libertação de reféns, indicou a diplomacia de Moscovo.

"O lado russo reafirmou a sua prontidão para continuar os esforços vigorosos que visam a rápida libertação dos detidos", prosseguiu em comunicado.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, vai discutir hoje em Washington com as autoridades norte-americanas a segunda fase do entendimento, na véspera de ser recebido em Washington pelo líder da Casa Branca, Donald Trump.

Negociado durante meses, o acordo de cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro, dia em que os combates cessaram no enclave palestiniano.

A primeira fase dura seis semanas e deverá permitir a libertação de 33 reféns em troca de mais de 1.900 palestinianos detidos por Israel e o reforço da ajuda humanitária ao território.

A segunda fase tem como objetivo a libertação dos últimos reféns e o fim definitivo das hostilidades.

Uma terceira fase, ainda incerta, deverá definir os termos da reconstrução da Faixa de Gaza e da sua governação no futuro.

Os Estados Unidos, o Qatar e o Egito estão envolvidos há meses na qualidade de mediadores a tentar que os dois beligerantes cheguem a um acordo definitivo após mais de 15 meses de guerra.

O Hamas inicialmente pretendia obter um entendimento sobre os termos precisos de cada fase, antes de ser encontrado um compromisso entre as partes para que as discussões sobre a segunda fase continuassem durante a primeira.

Leia Também: Comunidade internacional "conta com" Trump para paz no Médio Oriente

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