Embaixador russo diz que soldados feridos são tratados na Coreia do Norte

O embaixador russo na Coreia do Norte, Alexandr Matsegora, afirmou hoje que os soldados russos feridos em combate na guerra na Ucrânia estão a ser reabilitados em centros de saúde e clínicas especializadas da Coreia do Norte.

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© DELIL SOULEIMAN/AFP via Getty Images

Lusa
10/02/2025 17:24 ‧ há 10 horas por Lusa

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Rússia

"Um exemplo claro da relação fraterna [entre russos e norte-coreanos] é a reabilitação de centenas de combatentes feridos na operação militar especial em sanatórios e centros médicos coreanos", afirmou o diplomata russo, numa entrevista ao jornal russo Rossiyskaya Gazeta.

 

O embaixador, que não forneceu mais detalhes sobre a presença dos soldados russos na Coreia do Norte, referiu "que nos últimos anos, a atitude positiva dos norte-coreanos em relação aos russos tornou-se mais notória".

"Onde quer que vamos, somos recebidos com um sorriso. Tentam falar russo, oferecem-nos ajuda", prosseguiu.

Alexandr Matsegora recordou ainda que, no ano passado, "o melhor centro de repouso para crianças da Coreia do Norte, Songdowon, nas margens do Mar do Japão, recebeu crianças cujos pais morreram heroicamente nos campos de batalha ucranianos".

Ainda sobre o processo de reabilitação dos soldados russos, o diplomata russo sublinhou que todos os serviços prestados foram gratuitos.

"Tudo: o tratamento, os cuidados e a alimentação dos soldados, foi gratuito", frisou.

"Quando propusemos aos nossos amigos que compensassem pelo menos uma parte das despesas, eles ficaram sinceramente ofendidos e pediram-nos que nunca mais propuséssemos tal coisa", afirmou.

A Rússia e a Coreia do Norte assinaram um acordo de parceria estratégica em junho do ano passado que prevê a assistência mútua em caso de agressão.

Em outubro do ano passado, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a Ucrânia afirmaram que um contingente de até 12.000 soldados norte-coreanos tinha chegado à região fronteiriça russa de Kursk, parcialmente ocupada pelo exército ucraniano desde agosto, e participado em combates, informações que nunca foram confirmadas por Moscovo ou Pyongyang.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Líder do Donetsk admite problemas no abastecimento de água

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