Costa e Von der Leyen prometem "apoio contínuo e estável" a Zelensky

Os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia prometeram hoje ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um "apoio contínuo e estável" à Ucrânia, visando colocar o país em "posição de força antes de quaisquer negociações" com a Rússia.

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Lusa
14/02/2025 14:26 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia

Num comunicado conjunto do Conselho Europeu e da Comissão Europeia sobre a reunião, realizada à margem da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, lê-se que, respetivamente, António Costa e Ursula von der Leyen se "comprometeram a prestar um apoio contínuo e estável à Ucrânia até que seja alcançada uma paz justa, abrangente e duradoura".

 

Na ocasião, os dois responsáveis europeus sublinharam ao chefe de Estado ucraniano que "só essa paz conduzirá a uma Ucrânia soberana e próspera e garantirá a segurança da Ucrânia e da Europa".

Além disso "manifestaram a vontade de colocar a Ucrânia numa posição de força antes de quaisquer futuras negociações e de lhe dar fortes garantias de segurança", pedindo também que, do lado comunitário, haja mais despesas com defesa para "reforçar as capacidades e ajudar as forças ucranianas", de acordo com a nota à imprensa.

No que toca ao processo de adesão à União Europeia (UE), na sequência da obtenção do estatuto de país candidato em meados de 2022, Costa e Von der Leyen asseguraram a Zelensky a "sua vontade de intensificar os trabalhos para acelerar o processo da Ucrânia".

A reunião surge um dia depois de o antigo primeiro-ministro português ter vindo defender que "não haverá negociações bem-sucedidas" para o fim da guerra na Ucrânia ou "paz duradoura" sem a participação de ucranianos ou europeus no processo, dada a anunciada mediação norte-americana.

"Não haverá negociações credíveis e bem-sucedidas, nem paz duradoura, sem a Ucrânia e sem a União Europeia (UE)", escreveu António Costa na rede social X.

"A paz na Ucrânia e a segurança da Europa são indissociáveis. A paz não pode ser um simples cessar-fogo e a Rússia não deve continuar a ser uma ameaça para a Ucrânia, para a Europa, para a segurança internacional", frisou ainda o líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE.

Na quarta-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, tiveram uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a iniciar "de imediato" negociações sobre o assunto.

Posteriormente, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou ter falado igualmente ao telefone com o homólogo norte-americano sobre as "possibilidades de alcançar a paz" na Ucrânia.

Também na quarta-feira, a chefe da diplomacia da UE considerou que "não é possível chegar a um acordo sem europeus ou ucranianos" na guerra na Ucrânia causada pela invasão russa.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

Leia Também: Kyiv sugere a enviado de Trump "forte coerção" num acordo com Moscovo

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