"Preocupado com as informações segundo as quais as forças do M23, apoiadas pelo Ruanda, tomaram o controlo do aeroporto de Kavumu e entraram em Bukavu, ignorando os apelos internacionais a um cessar-fogo", o porta-voz dos Negócios Estrangeiros da UE, Anouar El Anouni, escreveu na rede social X (antigo Twitter): "A UE está a examinar com urgência todas as opções disponíveis em resposta à ofensiva do grupo armado M23 no leste da República Democrática do Congo".
"A atual violação da integridade territorial da RDC não ficará sem resposta", acrescentou.
Numa resolução adotada por larga maioria na quinta-feira, o Parlamento Europeu solicitou à UE que suspendesse a parceria sobre matérias-primas com o Ruanda, país que apoia a rebelião do M23.
O Governo da RDC acusa o Ruanda de querer apropriar-se dos recursos, nomeadamente mineiros, do leste do Congo, uma das razões pelas quais considera que Kigali está por detrás da rebelião do M23.
Desde a recente intensificação do conflito, os apelos da comunidade internacional a um desanuviamento multiplicaram-se em vão, aumentando o receio de uma guerra regional.
Vários países vizinhos da RDC, um vasto país da África Central, têm uma presença militar em solo congolês, onde, segundo a ONU, os últimos atos de violência já fizeram quase 3.000 mortos.
"A soberania e a integridade territorial da RDC devem ser respeitadas", afirmou hoje o secretário-geral da ONU, António Guterres, na abertura da cimeira anual da União Africana, em Adis Abeba, enfatizando que "o impasse tem de acabar, o diálogo tem de começar".
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