A ordem "é uma orientação para examinar formas de tornar a fertilização in vitro (FIV) e outros tratamentos de fertilidade mais acessíveis a mais americanos", explicou um dos conselheiros de Donald Trump na Casa Branca, Will Scharf.
"Penso que as esposas, as famílias e os maridos vão gostar muito", frisou, por sua vez, o chefe de Estado republicano aos jornalistas, desde a sua residência em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Florida.
Em outubro, durante a campanha presidencial, Donald Trump autoproclamou-se o "pai da fertilização in vitro".
"Nós somos realmente o partido da fertilização in vitro. Os democratas tentaram atacar-nos nisso, mas somos ainda mais ativos do que eles no campo da fertilização in vitro", destacou, durante um programa de televisão, sem apresentar qualquer prova de apoio.
A fertilização in vitro, diretamente ligada ao debate sobre o aborto, chegou ao topo da campanha eleitoral há um ano, depois de um tribunal do Estado muito conservador do Alabama ter dito que considerava os embriões congelados como crianças e de várias clínicas especializadas terem anunciado que estavam a suspender as suas atividades.
Para além da fertilização in vitro, a questão geral dos direitos reprodutivos é extremamente sensível e controversa nos Estados Unidos, e Donald Trump foi cauteloso sobre o assunto durante a campanha que o reintegrou na Casa Branca.
O multimilionário nova-iorquino gaba-se, no entanto, de ter contribuído para o cancelamento, em junho de 2022, da garantia federal do direito ao aborto, ao nomear três juízes conservadores para o Supremo Tribunal.
Sobre o aborto, tem sido muito variável ao longo dos últimos 25 anos, dizendo inicialmente que era a favor antes de pedir "alguma forma de punição" para as mulheres que desejam abortar.
Em 2020, durante o seu primeiro mandato, foi o primeiro presidente a assistir ao comício anual de ativistas antiaborto em Washington.
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