Segundo a conselheira de Kaliningrado, Elena Dyatlova, os monumentos a personalidades históricas "não devem provocar conflitos entre grupos sociais", noticiou a agência espanhola EFE.
De acordo com Dyatlova, citada pelo diário Kommersant, não existe atualmente "nenhum consenso nacional" sobre a figura de Stalin, que morreu em 1953.
Referiu, em particular, a declaração do Soviete Supremo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS, 1922-1991), na qual o período entre a década de 1930 e o início da década de 1950 é referido como "os anos da repressão estalinista".
Os comunistas, que tinham apresentado a iniciativa para a instalação do monumento, acusaram Dyatlova de uma "posição antissoviética" e compararam a recusa a uma "cuspidela na cara dos veteranos" da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram a reabilitação e o branqueamento da figura e do papel histórico de Stalin, considerado um ditador, que liderou a URSS de 1924 até morrer, em 1953.
Stalin é mais bem visto pelo regime do Presidente Vladimir Putin do que Vladimir Lenin (1870-1924), acusado pelo Kremlin (presidência russa) de ter lançado as bases do atual conflito com a Ucrânia, que integrou a URSS.
Desde a chegada ao poder de Putin, em 2000, foram instalados quase uma centena de monumentos a Stalin, uma tendência que se acelerou desde a anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014.
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