A madraça é frequentada pelos mais altos dirigentes dos movimentos talibãs paquistanês e afegão.
O diretor "Hamid ul-Haq está morto. A polícia forense está a estudar o local do crime e os primeiros resultados apontam para um atentado suicida", disse o chefe da polícia local, Abdul Rasheed, à agência francesa AFP.
Anteriormente, Zulfiqar Hameed, chefe da polícia da província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, que faz fronteira com o Afeganistão, tinha dado um balanço de "quatro mortos e 13 feridos".
A televisão paquistanesa Geo TV noticiou que a bomba explodiu na primeira fila após a oração de sexta-feira, quando os fiéis abandonavam a mesquita Darul Uloom Haqqania, em Akora Khattak, a cerca de 60 quilómetros a leste de Peshawar.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, e o ministro do Interior, Mohsen Naqvi, condenaram o "ato terrorista".
Não foi feita qualquer reivindicação imediata para o ataque.
Em Cabul, um porta-voz do Ministério do Interior dos talibãs "condenou veementemente" o ataque, atribuindo-o a "pessoas do Estado Islâmico", referindo-se ao grupo também conhecido pelo acrónimo árabe Daesh.
A explosão teve lugar na mesquita do seminário Darul Uloom Haqqania, em Akora Khattak, durante a oração na véspera do Ramadão.
Hamid ul-Haq era filho Sami-ul-Haq, antigo reitor da escola e conhecido como o "pai dos talibãs" por ter aconselhado o fundador do movimento, foi morto em 2019, na sua residência em Bahria Town, em Rawalpindi.
Khyber Paktunkhwa, que faz fronteira com o Afeganistão, é, juntamente com o sul do Balochistão, que faz fronteira com o Afeganistão e o Irão, uma das zonas mais problemáticas do Paquistão.
Islamabad acusa o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), irmãos ideológicos dos talibãs afegãos, de atividades terroristas na região.
Khyber Pakhtunkhwa está a atravessar um período de aumento do terrorismo e da violência desde que os talibãs chegaram ao poder em Cabul em 2021, segundo a agência espanhola EFE.
Quando os talibãs regressaram ao poder em 2021, a madraça de Akora Khattak, apelidada de "universidade da jihad", manifestou apoio aos combatentes quando avançaram sobre Cabul, derrotando a República Islâmica apoiada pela comunidade internacional.
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