Irão vota demissão do ministro da economia face à crise monetária

O parlamento do Irão começou hoje a ouvir o ministro da Economia antes de votação sobre a eventual demissão de Abdolnasser Hemmati, após a moeda iraniana ter sofrido uma forte desvalorização face ao dólar norte-americano.

Notícia

© Lusa

Lusa
02/03/2025 06:43 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Irão

Desde quarta-feira que Hemmati é formalmente alvo de um procedimento que visa afastá-lo do cargo, um contexto de rápida deterioração da situação económica.

 

De acordo com imagens da televisão estatal iraniana, o presidente Massoud Pezeshkian deverá falar com os parlamentares para apoiar o ministro.

O parlamento iraniano tem 290 membros e para obter a demissão do ministro é necessária uma maioria no final de uma votação, prevista para a tarde de hoje.

De acordo com a constituição iraniana, quaisquer sanções entrarão em vigor imediatamente e será nomeado um ministro interino para substituir Hemmati.

O governo terá depois três meses para apresentar um substituto, cuja nomeação terá de ser ratificada por nova votação no parlamento.

Em abril de 2023, os deputados votaram a favor da demissão do então ministro da Indústria, Reza Fatemi Amin, devido a um aumento de preços relacionado com sanções internacionais.

A desvalorização da moeda iraniana, o rial, intensificou-se, sobretudo desde a queda, em dezembro, do presidente sírio Bashar al-Assad, de quem o Irão era o principal aliado.

No dia anterior à mudança de poder em Damasco, um dólar estava a ser trocado no mercado negro por cerca de 717 mil riais, de acordo com um dos portais de referência para a monitorização cambial, o AlanChand.

No domingo, em Teerão, o preço rondava os 960 mil riais por um dólar, perto de um máximo histórico.

A taxa de câmbio no mercado negro rondava os 600 mil riais por dólar em julho, quando o presidente Pezeshkian tomou posse, com ambições de reanimar a economia e negociar com os países ocidentais a suspensão de algumas sanções.

Mas a desvalorização da moeda iraniana acelerou ainda mais desde o regresso à presidência dos Estados Unidos, em janeiro, de Donald Trump, cujo primeiro mandato em 2018 ficou marcado pela retirada unilateral de um acordo internacional com Teerão sobre o seu programa nuclear e pelo regresso das sanções.

Leia Também: Irão condena declarações de Israel sobre "opção militar"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas