O protesto está a juntar agricultores de toda a Beira Interior, de acordo com o porta-voz do Movimento Civil de Agricultores para a região das Beiras.
Em declarações à agência Lusa, Ricardo Estrela, agricultor, que está em marcha lenta na A25, contou que as máquinas agrícolas, reboques e veículos entraram cerca das 06:00 no nó de Leomil e cerca das 06:50 estavam em marcha lenta em direção a Vilar Formoso.
"A ideia é bloquear, mas estamos em marcha lenta para permitir que mais veículos possam participar e entrar na autoestrada. Nesta altura é difícil dizer quantos veículos estão na autoestrada, mas vieram agricultores de toda a Beira Interior", disse.
De acordo com Ricardo Estrela, os agricultores começaram a chegar cedo, alguns ainda na quarta-feira à noite.
"Em termos de número de máquinas é uma coisa nunca antes vistas. Atrevo-me a dizer que estamos a fazer historia no setor, estamos a mostrar a nossa união. Quando queremos somos unidos", referiu.
Os agricultores estão hoje na rua com os seus tratores, de norte a sul do país, reclamando a valorização do setor e condições justas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.
O protesto, uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).
O pacote abrange entre outras, medidas à produção, no valor de 200 milhões de euros, assegurando a cobertura das quebras de produção e a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros, com taxa de juro zero.
Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira pelo movimento, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.
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