O projeto de resolução que recomendava ao Governo o reconhecimento de forma imediata o Estado da Palestina, apresentado pelo Partido Socialista (PS), foi rejeitado com votos contra do Partido Social-Democrata (PSD), do Chega, da Iniciativa Liberal (IL) e do CDS-Partido Popular (CDS), e votos a favor dos restantes partidos.
O Partido Comunista Português (PCP) também apresentou um projeto de resolução no Parlamento recomendando ao Governo que reconhecesse o Estado da Palestina, que foi rejeitado com votos contra do PSD, Chega, IL, CDS e o do deputado do PS Pedro Delgado Alves.
A bancada do PS absteve-se na sua maioria e o projeto teve votos a favor dos restantes partidos e de nove deputados socialistas [entre os quais Isabel Moreira, Marina Gonçalves e Miguel Costa Matos].
O projeto de resolução que recomendava ao Governo o reconhecimento do Estado da Palestina, desta vez apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE), foi rejeitado pelo PSD, Chega, IL, CDS e pelo deputado do PS Pedro Delgado Alves. A bancada socialista absteve-se na sua maioria e os demais partidos votaram a favor do projeto, acompanhados por 10 parlamentares do PS.
O partido Livre também recomendou ao Governo o reconhecimento urgente da independência da Palestina, num projeto de resolução que foi rejeitado com votos contra do PSD, Chega, IL e CDS; o PCP absteve-se e os restantes partidos votaram a favor da proposição.
O projeto de resolução recomendando ao Governo que reconhecesse o Estado da Palestina para contribuir com a solução de dois países (Israel e Palestina), apresentando pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), foi rejeitado com votos contra do PSD, Chega, IL e CDS.
Outro projeto do PAN, que recomendava ao Governo que realizasse todos os esforços com vista ao resgate dos familiares de portugueses presos na Faixa de Gaza, foi rejeitado com votos contra do PSD, Chega e CDS, com os restantes partidos a se absterem.
O projeto de resolução que recomendou ao Governo que participasse nas operações de retirada médica da Faixa de Gaza, apresentado pelo Livre, foi o único a ser aprovado, com votos contra do PSD e CDS, abstenção do Chega e IL, mas com a aprovação dos demais partidos.
O Livre apresentou um projeto de resolução que recomendava a criação de um Fundo Internacional para a Reconstrução da Faixa de Gaza, que foi rejeitado com os votos contra de PSD, Chega e CDS, a abstenção da IL, e contou com os votos favoráveis dos demais partidos.
Já o projeto de resolução da IL que recomendou ao Governo promover uma solução pacífica e sustentável para o conflito israelo-palestiniano foi rejeitado, com votos contra do PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN; a abstenção do CDS e teve o voto favorável dos restantes partidos.
Israel iniciou uma operação militar contra a Faixa de Gaza após o grupo islamita palestiniano Hamas ter invadido o território israelita em 07 de outubro de 2023, matando mais de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns.
Mais de 47.000 palestinianos, na sua maioria civis, já morreram na ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, segundo dados das autoridades do enclave, controlado pelo Hamas, mas considerados como válidos pela ONU.
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