Numa sessão de respostas a perguntas de empresários e diplomatas presentes num almoço promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa, o ministro da Defesa e líder do CDS-PP, Nuno Melo, sublinhou que as candidaturas às presidenciais resultam da vontade individual dos candidatos e não dos partidos.
"Eu devo dizer que candidatos que se apresentam como candidatos de partidos menorizam-se a si próprios porque a expressão de candidatura é individual, não é de partidos", salientou.
O líder dos centristas disse que, dentro do CDS-PP, o ciclo da presidenciais ainda não se abriu e que a decisão "não será tomada tão cedo".
Admitiu, no entanto, que gostaria de ver, "quando o friso de candidatos estiver mais ou menos consolidado", uma figura da área ou da família política dos centristas por considerar que isso "tornaria o debate muito mais interessante".
Após o evento, em declarações aos jornalistas, Nuno Melo absteve-se de explicar a quem se referia nas críticas às candidaturas partidárias às presidenciais, mas acrescentou que é natural a vontade do CDS-PP de ter um candidato na corrida a Belém e que, a acontecer, isso daria "outro interesse" do partido nestas eleições.
Questionado sobre a hipótese de o antigo líder do CDS-PP Paulo Portas se candidatar, Nuno Melo respondeu apenas que o desejo de ter um candidato da área dos centristas não se dirige a ninguém em concreto.
Sobre a notícia de hoje do jornal Público de que há tensões entre o PSD e CDS-PP por Marques Mendes não ter falado com Nuno Melo antes do anúncio da sua candidatura, Melo disse apenas que são notícias especulativas que "não tenderia a levá-las muito a sério".
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