PAN diz que programa da AD é "reciclagem de medidas"

A porta-voz do PAN disse este sábado que o programa eleitoral da AD - Coligação PSD/CDS é uma "reciclagem de medidas" e que "não traz nada de diferente", acusando o atual executivo de ser um "Governo de propaganda".

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© Pedro Pina - RTP

Lusa
12/04/2025 12:03 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Eleiçóes Legislativas

"Uma vez mais não nos traz nada de diferente em relação àquilo que tem sido a governação deste ano, com exceção que do ponto de vista da propaganda e da reciclagem de medidas, e basta ver até agora a resposta que foi dada às tarifas dos Estados Unidos, que é uma reciclagem do programa Economia", afirmou Inês Sousa Real, no Porto, em declarações à Lusa.

 

À margem do arranque da Academia de Formação Política do PAN naquela cidade, a líder do PAN acusou o executivo liderado por Luis Montenegro de ser um "Governo de propaganda ao invés de ser um Governo que teve oportunidade de executar e fazer a diferença na vida das pessoas e optou, até, por arrastar o país para uma crise politica por conveniência até eleitoralista".

Sobre a intenção da AD de subir o salário mínimo nacional para os 1.100 euros até 2029, uma das medidas que consta naquele programa, Inês Sousa Real concordou que essa "é uma rota que o país precisa percorrer", mas deixou alertas: "Para nós é absolutamente fundamental que haja uma estratégia que permita também fazer o mesmo aumento em relação ao ordenado médio".

"Não é sério" e mantém habitação "instável". As reações ao programa da AD

O presidente do PSD, Luís Montenegro, apresentou o programa eleitoral da AD - Coligação PSD/CDS para as eleições legislativas de 18 de maio, na sexta-feira.

Notícias ao Minuto | 09:22 - 12/04/2025

"Não nos podemos esquecer que num contexto tão sensível do ponto de vista económico como agora a Europa e o mundo estão a viver (...), é importante termos a consciência de que não é certo de que não haverá défice, também não é certo que não teremos uma recessão que ponha em causa os empregos e a capacidade financeira das empresas",disse.

Por isso, apontou, "este aumento do ordenado mínimo, que no entender do PAN é uma rota que o país tem que fazer, deve ser falada a trabalhada em sede de Concertação Social".

"Apesar de serem medidas que, evidentemente, todas as pessoas desejam, esse aumento, têm que vir depois acompanhadas de um pacote que permita garantir o acesso à habitação, aos bens essenciais, como a alimentação, a saúde", apontou.

Quanto à Saúde, a líder do PAN acusou o ainda primeiro-ministro de estar desfasado da realidade quando defende que houve avanços: "Recordo que Luís Montenegro disse que iria contribuir para a diminuição das pessoas que não têm médico de família e acabamos este mandato com mais 34 mil pessoas sem medico de família, com mais urgências, no verão e no Natal também encerradas.

"A Saúde não só não está melhor como, claramente, isso demonstra uns desfasamento face àquilo que é a realidade que as pessoas vivem e sentem no seu dia a dia na dificuldade de acesso aos cuidados de saúde",considerou.

Para o PAN, o país precisa de "soluções para reter a pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS)" e "aquilo que não pode acontecer é a intenção deste Governo que é a privatização, a substituição do SNS pelo privado porque o SNS tem que ser de facto aquilo que é o serviço público de Portugal e o privado tem que ser complementar".

Inês Sousa Real acusou ainda o Governo de querer recuar em matéria de proteção animal: "Sabemos que este é um Governo que quer recuos, quer voltar a abater animais nos canis, apesar de dizer apenas pela calada e não assumir isso frontalmente com os cidadãos".

"[o Governo] quer perpetuar as touradas e, portanto, estamos aqui a falar de um Governo que esta em contraciclo com a sensibilidade social do nosso tempo", finalizou.

Leia Também: E os programas? AD mais otimista vê excedentes, PS admite défice

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