"Vencer as eleições que tiveram o maior número de sócios a votar em toda a história do clube é um orgulho. Os sócios decidiram e os resultados são claros. Espero quer todos assumam a sua responsabilidade e o seu benfiquismo", afirmou Vieira, durante o discurso da tomada de posse, por volta das 03:00.
Após vencer as eleições mais concorridas de sempre do emblema lisboeta, nas quais votaram 38.102 associados, o presidente benfiquista, em exercício desde 2003, elogiou a "capacidade de mobilização" e "militância" do clube, considerando ter-se tratado da "maior manifestação eleitoral de um clube em Portugal".
Vieira, que venceu as eleições com 62,59% (471.660 votos), batendo João Noronha Lopes, que conseguiu 34,71% (261.574), e Rui Gomes da Silva, que ficou nos 1,64% (12.341), pediu união no universo benfiquista, assumindo que esse será "um dos desafios mais importantes para os próximos quatro anos".
"Conseguimos crescer e chegar até aqui porque não houve fações, nem grupos apostados em dividir ou em provocar desgaste. Apesar das diferenças, a união foi o denominador comum nestes anos. Disse-o durante a campanha e repito-o hoje: A partir de agora não há vencedores, nem vencidos, mas apenas benfiquistas que vão unir esforços para continuar a construir o futuro do clube. Espero que respeitem os resultados e que a partir de agora haja um só Benfica", vincou Luís Filipe Vieira.
Por outro lado, o presidente do Benfica confirmou que este sexto mandato será o último à frente dos 'encarnados', referindo que "será um mandato de continuidade, para apostar no que de bom" foi feito e "para corrigir os erros cometidos".
Com "quatro anos exigentes" pela frente, Vieira mostrou-se confiante de que os órgãos sociais eleitos para o quadriénio 2020-2024 saberão "responder à altura da história do Benfica" e encerrou o discurso com uma ideia já antes transmitida: "Permitam-me reforçar que o Benfica tem, há sete anos consecutivos, contas positivas."
Luís Filipe Vieira, de 71 anos, que já é o presidente com mais tempo na liderança do Benfica, foi reeleito para o quadriénio 2020-2024, depois de ter sido eleito pela primeira vez há 17 anos, em 2003.
Nos anteriores cinco atos eleitorais, Vieira tinha sido sempre eleito com uma percentagem de votos acima dos 80%, com 90,47% em 2003, frente a Jaime Antunes (7,32%) e Guerra Madaleno (0,7%), 91,74% em 2009, perante Bruno Costa Carvalho (2,71%), e 83,02% em 2012, diante Rui Rangel (13,83%).
Nos outros dois sufrágios, em 2006 e 2016, Vieira foi candidato único, tendo acolhido, respetivamente 95,6% e 95,52% dos votos.
As eleições de quarta-feira para a presidência do Benfica bateram o recorde histórico das mais votadas de sempre, com 38.102 votantes, superando o registo alcançado no sufrágio de 2012, quando 22.676 exerceram o direito de voto, num ato em que Vieira foi desafiado por Rui Rangel.